COE – Certificado de Operações Estruturadas

COE - Certificado de Operações Estruturadas

O COE – Certificado de Operações Estruturadas é um investimento que, embora seja uma ótima forma de diversificação, ainda é pouco utilizado no Brasil, principalmente em razão da falta de informação e da certa má vontade dos bancos em orientarem corretamente seus clientes.

Como funciona o COE – Certificado de Operações Estruturadas

Quando você aplica em um COE você adquire um título emitido por um banco, assim como como ocorre em um CDB ou LCI. A diferença do COE é que o banco pega esse capital investido e aplica parte em títulos de renda fixa (baixo risco e menor rentabilidade) e outra parte em títulos de renda variável (maior risco e maior rentabilidade).

Varia de COE para COE, mas, de modo geral, os bancos aplicam o capital investido em:

  • Ações nacionais e estrangeiras;
  • Índices da Bovespa e bolsas estrangeiras
  • Taxas de juros;
  • Moedas; e
  • Commodities.

O que torna o COE um investimento diferente dos demais é que o mesmo, embora possua parte do capital investido em renda variável e, portanto, com risco, pode oferecer garantia ao investido. Dessa forma, se você investir em um COE protegido e ele tiver rentabilidade positiva, você fica com o seu capital investido mais o “lucro” e, se o resultado for negativo, você recebe, no mínimo, o que você investiu de volta.

Essa característica é um diferencial importante. Investir somente em renda fixa é seguro, contudo, as rentabilidades são baixas. Investir em renda variável pode ser muito mais rentável, no entanto, é bem mais arriscado e pode levar a perdas. Quem investe em  COE – Certificado de Operações Estruturadas obtém o melhor dos dois mundos, pois o COE oferece segurança e possibilidade de altos ganhos, já que parte do capital é aplicada em renda variável.

Quais os tipos de COE existentes?

  • Nominal Protegido: Nesse COE, aconteça o que acontecer, o investidor recebe, no mínimo, o valor que investiu. Ou seja, mesmo se a parte variável do investimento for negativa, você não terá perdas. Caso o resultado seja positivo, você fica com a rentabilidade obtida.
  • Nominal em Risco: Nesse tipo o investidor não tem garantia quanto à perda do capital, ou seja, pode perder tudo o que investiu.

No geral, os COE – Certificado de Operações Estruturadas oferecidos são do primeiro tipo, ou seja, com a garantia de proteção ao capital. Ao contratar um COE fique atento para ver qual dos tipos está sendo contratado. Essa informação consta do DIE – Documento de Informações Essenciais, que deve, obrigatoriamente, ser-lhe fornecido pelo banco ou corretora. No DIE, além do tipo do COE, devem constar:

  • O banco emissor;
  • Prazo;
  • Rentabilidade; e
  • Formas de ganhos ou perdas.

COE é registrado na CETIP?

Sim. Os COEs emitidos pelos bancos devem ser registrados na Cetip, o que garante maior segurança ao investimento. Verifique se sua corretora possui o selo da Cetip, com isso você garante que seu capital está aplicado em seu nome e CPF.

Tributação do COE – Certificado de Operações Estruturadas

Sobre a rentabilidade do COE incide imposto de renda com tabela regressiva, assim como ocorre com CDBs, Títulos do Tesouro Direto e outros investimentos de renda fixa. Assim, quanto maior o prazo, menor o Imposto de Renda. Uma vantagem é que você não precisa calcular e/ou recolher o Imposto de Renda referente ao investimento. No final do prazo, você já receberá o valor líquido.

Vantagens e Desvantagens do COE

Vejamos, abaixo, os pontos positivos e negativos do COE.

Vantagens:

  • Não possui taxas;
  • Possibilidade de proteção contra perdas;
  • Possibilidade de altas rentabilidades;
  • Imposto de renda regressivo;
  • Diversificação com investimentos “sofisticados” como câmbio e mercado estrangeiro; e
  • Diferentes tipos de COEs para diferentes perfis de investidor.

Desvantagens:

  • Não possui liquidez diária. Se você resgatar antes, há risco de perdas;
  • Não possui garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos; e
  • Alguns possuem limite de ganho máximo;

Rentabilidade, prazos e valor mínimo

Rentabilidade: Como falei antes, o capital aplicado no COE será investido parte em títulos de renda fixa e parte em renda variável. A rentabilidade dependerá do desempenho desses papeis. Na verdade, como em renda fixa o risco é pequeno, o que acabará por definir o desempenho total serão as aplicações em renda variável como ações e moedas. Além disso, muitos COEs limitam o ganho máximo.

Valor mínimo: Quem define o valor mínimo é o banco emissor do COE – Certificado de Operações Estruturadas. No geral, são valores acima de 10 mil reais.

Prazo: Também é definido pelo emissor. Normalmente são superiores a 6 meses.

COE - Certificado de Operações Estruturadas
COE – Certificado de Operações Estruturadas

Funcionamento na prática: proteção de perda e limitação de ganho – exemplo.

Pois bem, agora que você viu os conceitos gerais vamos ver como funciona um COE na prática através de um exemplo.

Lembrando, trata-se de um exemplo, estou utilizando um “COE fictício” e bastante simplificado.

Vou mostrar o funcionamento somente da “parte variável” do COE, já que quanto à parte fixa acredito que não haja dúvida.

Digamos que você investiu em um COE com prazo de um ano, que o mesmo tenha proteção contra perdas, limitação de ganhos em 20% e que esse COE tenha aplicado a parte variável do seu dinheiro em ações da empresa X. No momento da aplicação, as ações custavam R$ 10,00.

  • Cenário 1: após um ano, as ações estão em R$ 5,00. Mesmo com a desvalorização de 50%, como o COE oferecia garantia, você receberá seu capital de volta, sem perdas nem ganhos.
  • Cenário 2: após um ano, as ações da empresa estão em R$ 11,50. Nesse caso, você teria uma rentabilidade de 15%.
  • Cenário 3: após um ano, as ações da empresa custam R$ 15,00. Como há uma limitação de ganho em 20%, mesmo a rentabilidade da ação tendo sido de 50%, você só receberá os 20% da limitação.

Ressalto: utilizei um exemplo muito simplificado, na prática, um COE investe em uma quantidade maior de papeis e a limitação pode funcionar de forma diferente, atrelado a um índice, por exemplo.

Então Valter, como investir em COE – Certificado de Operações Estruturadas?

Veja com sua corretora de investimentos se ela oferece esse tipo de aplicação. Caso ofereça, veja as características como investimento mínimo, prazo e rentabilidade e, caso goste, faça a aplicação normalmente, assim como em CDBs, LCIs etc.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

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Como montar uma carteira de investimentos

como montar uma carteira de investimentos

Você sabia que a forma de obter melhores rentabilidades para o seu dinheiro é montando uma carteira de investimentos?

Uma boa carteira de investimentos pode reduzir o risco ao qual seu dinheiro está submetido e, ao mesmo tempo, elevar o poder de ganhos, seja qual for o cenário da economia.

Interessante não é mesmo? Siga a leitura e veja como proceder.

O que é carteira de investimentos

Em termos simples uma carteira de investimentos é o conjunto de aplicações que um investidor possui. Ou seja, a carteira é a reunião de todos os seus investimentos incluindo, assim, os de renda fixa, renda variável, curto prazo, longo prazo, enfim, todos os seus investimentos.

À primeira vista pode parecer que só investidores “profissionais” possuem carteiras de investimentos, contudo, com as ferramentas que possuímos atualmente, mesmo investidores mais inexperientes podem usufruir do poder que uma boa carteira de investimentos possui para turbinar suas rentabilidades, mantendo um bom nível de segurança.

O principal princípio envolvido no conceito de carteira de investimentos é o ditado: “não colocar todos os ovos na mesma sexta”. Diversificar suas aplicações em mais de um ativo reduz sensivelmente os riscos e, caso se monte uma carteira de qualidade, aumenta seus ganhos.

O investidor iniciante tende a colocar seu dinheiro em somente um investimento, seja ele poupança, tesouro direto, CDB, etc.

Isso é um erro!

Não importa se você é um pequeno, médio ou grande investidor, a diversificação deve fazer parte dos seus investimentos.

Em um cenário de queda na taxa básica de juros, como o atual, escolher bem suas aplicações é ainda mais importante quando se pensa na rentabilidade.

Assim, o fato de você estar lendo esse post sobre como montar uma carteira de investimentos pode lhe abrir novos horizontes, fazendo-lhe alcançar novos patamares de ganhos.

Como montar uma carteira de investimentos

Como montar uma carteira de investimentos

Pois bem, vou mostrar, inicialmente, como você pode montar uma carteira de investimentos por conta própria. Mais adianta mostrarei, também, um sistema que faz isso para você de maneira automática e gratuita.

Não existe um “modelo” de carteira de investimentos. Assim, uma carteira que seja boa para mim, pode não ser boa para você. A carteira de investimentos deve ser feita de acordo com o perfil e os objetivos do investidor. Questões como capital atual, renda mensal, idade, liquidez e outros fatores fazem toda a diferença. Em razão disso, ou você aprende a montar sua própria carteira ou utiliza uma ferramenta que cria uma carteira que lhe seja adequada.

Digamos, por exemplo, que você tenha todo o seu dinheiro aplicado em uma LCI de 2 anos de vencimento. O que fará se precisar do dinheiro daqui a uma semana?

E se você tem todo o seu capital investido em ações, sabe-se que a volatilidade desse mercado é alta, assim, sem uma estratégia, se você precisar do dinheiro daqui a um mês, por exemplo, pode acontecer de que você tenha perdas.

Uma boa carteira de investimentos deve não só ser segura e rentável, mas também suprir suas necessidades financeiras de curto, médio e longo prazos.

Perfil do investidor

Para simplificar, vou mostrar os perfis mais comuns de investidores no que se refere a tolerância ao risco:

  • Conservador

Não gosta de correr riscos. Procura investimentos com alto grau de previsibilidade, mesmo que com menores rentabilidades.

  • Moderado

Aceita assumir risco, mas de maneira bastante moderada. Prefere investimentos pouco voláteis e com certo grau de previsibilidade.

  • Arrojado

Aceita correr riscos e convive bem com a insegurança. Procura aproveitar a volatilidade de alguns investimentos para conseguir altas rentabilidades.

Prazos dos investimentos da carteira

Como disse antes, uma boa carteira de investimentos deve suprir necessidades de curto, médio e longo prazos. Dessa forma, deverá possuir investimentos com diferentes prazos de liquidez.

  • Curto prazo

Considera-se de curto prazo os investimentos que vão de liquidez imediata até investimentos de dois anos.

  • Médio prazo

Investimentos de dois a cinco anos. Normalmente, principalmente em renda fixa, quanto maior o prazo, maior a rentabilidade oferecida pelos bancos.

  • Longo prazo

Considera-se longo prazo os com liquidez acima de cinco anos. A regra da maior rentabilidade com maior prazo também vale aqui.

Assim, uma boa carteira de investimentos devem ter aplicações com diferentes prazos e diferentes níveis de risco, visando ser adequado para suas diversas necessidades.

Procurei mostrar, no presente post, como montar uma carteira de investimentos.

Rentabilidade atrelada ao CDI – Entenda!

Na maior parte dos investimentos de renda fixa pós-fixados como, por exemplo, LCIs, LCAs, CDBs etc, o índice utilizado como referência de rentabilidade é o CDI. Assim, você já deve ter visto diversas vezes a afirmação de que tal investimento oferece X% do CDI, que outro investimento oferece Y% do CDI. Mas, afinal, como isso funciona na prática?

No presente post esclarecerei como é feito o cálculo. Não tratarei aqui da questão teórica que envolve o CDI. Para saber mais sobre o CDI, leia meu post:  O que é CDI.

Funcionamento prático do CDI

O CDI é uma taxa que varia diariamente.

Há um CDI para todo dia útil e esse é o primeiro ponto que deve chamar sua atenção.

Valter, quer dizer que se eu tenho um investimento com rentabilidade atrelada ao CDI nos finais de semana e feriados nacionais não haverá rentabilidade?

Sim. Só haverá rentabilidade nos dias úteis.

Para cálculos de matemática financeira consideramos que um ano possui 252 dias úteis e que cada mês possui 21 dias úteis. Logicamente esse é um parâmetro aproximado já que, na prática, a quantidade de dias úteis pode variar de ano para ano.

Como saber o CDI diário?

Por meio do site da CETIP é possível pesquisar o CDI de qualquer data: http://estatisticas.cetip.com.br/astec/series_v05/paginas/web_v05_template_informacoes_di.asp?str_Modulo=completo&int_Idioma=1&int_Titulo=6&int_NivelBD=2.

Utilizando a consulta, você pode verificar como a taxa diária do CDI varia com o tempo, para mais ou para menos, fortemente atrelada à taxa básica de juros da economia – SELIC.

Como a taxa varia, a rentabilidade de seu investimento também variará de acordo com a mesma.

Os juros compostos de acordo com o CDI

Investimentos são rentabilizados utilizando-se juros compostos, ou seja, juros sobre juros, assim como explico no post: O poder dos juros compostos nos investimentos.

Quando falamos de investimentos atrelados ao CDI, isso acontece de maneira diária, ou seja, a taxa de hoje incide sobre o capital mais os juros de ontem.

Vamos ver como isso funciona na prática?

Simularemos a rentabilidade de um investimento de R$ 10.000,00 do dia 09/01/2017 a 16/01/2017. Digamos que esse investimento pague 110% do CDI. A tabela com o CDI desses dias segue abaixo:

09/01/2017 0,050718
10/01/2017 0,050718
11/01/2017 0,050718
12/01/2017 0,048089
13/01/2017 0,048089
14/01/2017 Sábado
15/01/2017 Domingo
16/01/2017 0,048089

O resultado dia a dia seria o seguinte:

Dia Investimento CDI 110% do CDI Resultado
09/01/2017  R$  10.000,00 0,050718 0,0557898  R$     10.005,58
10/01/2017  R$  10.005,58 0,050718 0,0557898  R$     10.011,16
11/01/2017  R$  10.011,16 0,050718 0,0557898  R$     10.016,75
12/01/2017  R$  10.016,75 0,048089 0,0528979  R$     10.022,04
13/01/2017  R$  10.022,04 0,048089 0,0528979  R$     10.027,35
14/01/2017  Sábado
15/01/2017  Domingo
16/01/2017  R$  10.027,35 0,048089 0,0528979  R$     10.032,65

 

Como você pode verificar, a rentabilidade de um dia é calculada sobre o capital anterior mais os juros já obtidos, ou seja, no dia 09 houve a rentabilidade de 0,0557898 (110% do CDI) sobre R$ 10.000,00, já no dia 10 a rentabilidade de 0,0557898 foi calculada sobre R$  10.005,58 (capital mais juros anteriores). Assim funciona, na prática, o conceito de juros sobre juros (juros compostos).

Interessante notar, também, que até o dia 11/01/2017 o CDI diário era de 0,050718, tendo caído para 0,048089 a partir do dia 12/01/2017. O CDI “gira em torno” da SELIC, como o governo reduziu a taxa básica de juros o CDI seguiu a mesma tendência.

Note, também, que não houve qualquer rentabilidade nos dias 14 e 15, já que era final de semana.

Caso fosse um investimento isento de imposto de renda, a rentabilidade obtida já seria líquida. No caso de um investimento não isento, a alíquota de IR seria calculada sobre a rentabilidade obtida, no caso, R$ 32,65. Contudo, a incidência de IR não torna um investimento necessariamente ruim, assim como expliquei neste post.

Em razão do acima exposto, sempre afirmamos que em investimentos pós-fixados não temos como saber a rentabilidade exata do mesmo no momento da aplicação, o que podemos fazer é uma aproximação, a rentabilidade exata só será conhecida no final.

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Letras de Câmbio – LC – Como funcionam?

Você sabe o que é e como funcionam a Letras de Câmbio? Não? Vou falar sobre esse ótimo investimento no presente post.

O que é Letra de Cambio – LC?

As letras de câmbio são títulos disponibilizados por sociedades de crédito, financiamento e investimentos. Essas sociedades são conhecidas popularmente como financeiras, como a Crefisa, por exemplo.

Para fins de comparação, investindo em um CDB você empresta dinheiro para um banco, investindo em uma letra de câmbio você empresta dinheiro para uma financeira.

As letras de câmbio são títulos de renda fixa que, normalmente, possuem rentabilidades maiores que os CDBs. Isso ocorre pelo fato da atividade de uma financeira ser um pouco mais arriscada do que a de um banco e, em razão disso, as financeiras oferecem melhores rentabilidades a seus investidores, a fim de atrair mais aplicações.

A lógica do sistema é simples: você empresa dinheiro para a financeira e esta empresta dinheiro para outras pessoas físicas ou jurídicas. Logicamente, a taxa de juros que a financeiras nos paga é menor do que ela cobra dos tomadores de empréstimo.

Letra de Câmbio – LC é uma aplicação segura para o investidor?

A Letra de Câmbio – LC possui garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito, até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), ou seja, a mesma garantia da poupança, LCIs, LCAs e CDBs.

Não importa a financeira na qual você invista, até R$ 250.000,00 você está garantido. Dessa forma, mesmo que a financeira quebre, por exemplo, você tem garantia de receber do FGC até o limite citado.

Como falei antes, a financeira usa o investimento obtido com as LCs para emprestar a algum tomador de recursos. Contudo, caso o tomador de empréstimo não pague a dívida, a responsabilidade é totalmente arcada pela financeira, ou seja, mesmo não recebendo os empréstimos concedidos, ela terá que pagar seu investimento da mesma forma.

Com base no exposto, o investimento em LC é considerado de baixo risco.

Prazo da Letra de Câmbio – LC

Diferentes financeiras emitem diferentes letras de câmbio com diversos prazos, ou seja, não existe um prazo específico para esse tipo de investimento.

Em condições normais, quanto maior o prazo de carência, maior a rentabilidade oferecida. Além disso, como você verá mais adiante, quanto maior o prazo, menor o IR pago.

Importante ressaltar que caso você invista em uma LC com prazo de 3 anos, por exemplo, você só poderá resgatar o dinheiro após esse prazo.

Existem alguma LCs de prazos menores e de liquidez diária, contudo, essas normalmente oferecem menores rentabilidades.

Rentabilidade das Letras de Câmbio

As letras de câmbio possuem, basicamente, três tipos de rentabilidades: pré-fixada, pós-fixada e mista.

  • Letra de Câmbio pós-fixada: a rentabilidade é atrelada a um determinado índice, normalmente, o CDI (o que é CDI). Dessa forma, você só saberá a rentabilidade exata do seu investimento no final do mesmo. Por exemplo, se você investir em uma LC que pague 110% do CDI e esse índice ficar em 13,5% a.a., sua rentabilidade bruta seria de 14,85% a.a.
  • Letra de Câmbio pré-fixada: Você conhece a rentabilidade exata do seu investimento já no momento da aplicação. Dessa forma, esse tipo de investimento independe de mudanças na taxa de juros, ou seja, se você aplicou com uma rentabilidade de 13% a.a., mesmo se a taxa de juros durante o ano subir ou cair, nada mudará na sua rentabilidade.
  • Letra de Câmbio mista: Esse tipo de LC tem parte da rentabilidade pré-fixada e parte pós-fixada. Por exemplo, uma LC pode oferecer uma rentabilidade de 8%+IPCA. Dessa forma, se o IPCA do ano for de 6%, por exemplo, você teria uma rentabilidade de 14%a.a (6+8).

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

Não sei até quando uma ferramenta tão boa vai continuar sendo gratuita, por isso recomendo que você aproveite logo. Repetindo, você não é obrigado a investir em nada e a abertura da conta é totalmente gratuita e online, clique aqui e confira.

Imposto de Renda sobre as Letras de Câmbio – LC

Ao contrário de investimentos como LCA e LCI, incide Imposto de Renda sobre a rentabilidade das Letras de Câmbio – LCs.

Contudo, isso não necessariamente é ruim, assim como expliquei no post: LCI nem sempre é melhor que CDB.

O que você deve ficar atento é que, devido à incidência de IR, você só deve aplicar em uma LC que tenha uma rentabilidade realmente alta para que, mesmo descontando-se o IR, ela ainda seja superior a outros investimentos.

Como alguns leitores já me questionaram em relação ao procedimento para pagar o IR dos investimentos, gostaria de deixar claro que em aplicações de renda fixa como LCs, CDBs e Tesouro Direto, referido imposto é retido na fonte, ou seja, você já receberá o montante líquido. Nenhum procedimento para pagamento de IR é necessário por parte do investidor.

Assim como outros investimentos do tipo, o IR sobre a rentabilidade das LCs é regressivo, ou seja, quanto maior o prazo, menor o imposto.

Exemplo de rentabilidade de uma LC

A título de exemplo, vou colocar aqui uma simulação feita no dia 28/12/2016, de um investimento em uma Letra de Câmbio da Omni Financeira. É sempre bom lembrar que esses valores podem ser alterados com o tempo, portanto, no momento que você estiver lendo este post, é possível que as informações não sejam mais as mesmas.

A LC oferecida possui rentabilidade pós-fixada de 116% do CDI, investimento mínimo de R$2.000,00 e prazo de 721 dias. O resultado da simulação foi o seguinte:

Simulação realizada com o CDI de 13,63 em 28/12/2016. Simulei um investimento de R$ 10.000,00.

Letras de Câmbio - LC

Como você viu, rentabilidade de R$ 2.899,36, ou 28,99%, o que equivale a 13,78% a.a.

Essa é uma ótima rentabilidade para uma aplicação com investimento mínimo de apenas R$ 2.000,00. Importante ressaltar que o prazo dessa LC é de 721 dias, ou seja, você só poderá resgatar o dinheiro após esse prazo.

Para fins de comparação, simulei uma LCI (isenta de IR)  do Banco ABC. A mesma possui investimento mínimo de R$ 10.000,00, prazo de 720 dias, e rentabilidade de 93% do CDI. O resultado foi o seguinte.

Como você verificou, a LCI renderia 12,62% a.a. enquanto a LC renderia 13,78% a.a.  Esse exemplo serve para mostrar como o fato de incidir Imposto de Renda sobre a rentabilidade da letra de câmbio não necessariamente o torna um investimento pior.

Como sua rentabilidade é alta, mesmo após descontado o IR, a retorno líquido foi maior do que um investimento isento de Imposto de Renda.

Concluindo…

Como gosto sempre de deixar claro. O investimento mais seguro de uma economia “normal” são os títulos públicos.

Dessa forma, você deve sempre comparar a rentabilidade obtida com aplicações nos bancos com um título de características parecidas no Tesouro Direto. Se o título do tesouro for mais rentável, não há razão para investir no título privado.

Contudo, como você viu neste post, Letra de Câmbio – LC é uma ótima opção de investimento.

LCI nem sempre é melhor que CDB

Olá, tudo bom com vocês? Espero que sim!

Resolvi escrever o presente post em razão de diversas dúvidas que tenho recebido no blog de pessoas afirmando que CDB ou Tesouro direto são investimentos “ruins” pelo fato de haver incidência de Imposto de Renda sobre a rentabilidade dos mesmos.

Muitos afirmam que somente investem em poupança 😯 , LCI, LCA ou outro investimento que seja isento de IR.

Analisar investimentos dessa forma trata-se de um equivoco que pode estar lhe fazendo perder dinheiro (no sentido de que poderia estar ganhando mais).

O fato de incidir Imposto de Renda sobre a rentabilidade não torna, só por isso, nenhum investimento necessariamente bom ou ruim. O que importa é a rentabilidade líquida do mesmo.

Vou utilizar aqui alguns exemplos para melhor elucidação.

A tabela de Imposto de Renda do CDB é regressiva, ou seja, quanto mais tempo seu dinheiro ficar aplicado, menor será a alíquota do imposto. A tabela segue abaixo:

Prazo  Alíquota de Imposto de Renda
Até 180 dias  22,5%
De 181 dias até 360 dias  20%
De 361 dias até 720 dias  17,5
De 720 dias  em diante  15%

Vou utilizar, para os exemplos, um  CDI de 14,13% e as informações de rentabilidades fornecidas pelos bancos em 23/09/2016. Como vocês já devem saber, esses percentuais podem se alterar com o tempo.

1º Comparativo

Pois bem, compararemos, primeiramente investimentos do Banco Original:

Papel/Banco Rentabilidade bruta Prazo
CDB Banco Original 114% do CDI 2 anos
LCI Banco Original 94% do CDI 2 anos

Com isso, teríamos o resultado abaixo:

RESULTADO com 360 dias
14,13% Rentab. IR Líquido
CDB 16,11% 20% 12,89%
LCI 13,28% 0% 13,28%
RESULTADO com 721 dias
14,13% Rentab. IR Líquido
CDB 34,81% 15% 29,59%
LCI 28,33% 0% 28,33%
Capital Investimento Resultado
 R$      1.000,00 CDB  R$   1.295,89
 R$      1.000,00 LCI  R$   1.283,29

O exemplo acima é perfeito para mostrar como devemos comparar a rentabilidade efetiva. Como a LCI é isenta de IR, no primeiro ano, apresentou rentabilidade superior ao CDB. Com a tabela regressiva de IR, no segundo ano, o CDB já era mais rentável que a LCI.

Friso que o prazo de ambos, nesse caso, era de 2 anos, portanto, caso você tivesse que escolher entre o esse CDB e essa LCI o CDB era uma melhor opção.

2º Comparativo

Vamos agora à uma comparação utilizando os investimentos disponíveis no Banco Sofisa:

Papel/Banco Rentabilidade bruta Prazo
CDB Sofisa 108% do CDI 2 anos
LCI Sofisa 95% do CDI 2 anos

Teríamos o seguinte resultado:

RESULTADO com 360dias
14,13% Rentab. IR Líquido
CDB 15,26% 20% 12,21%
LCI 13,42% 0% 13,42%
RESULTADO com 721 dias
14,13% Rentab. IR Líquido
CDB 32,85% 15% 27,92%
LCI 28,65% 0% 28,65%
Capital Investimento Resultado
 R$      1.000,00 CDB  R$   1.279,22
 R$      1.000,00 LCI  R$   1.286,49

Nesse caso, a LCI seria mais rentável que o CDB tanto em um ano como em dois anos.

Percebeu?

Você não deve achar que uma LCI é mais rentável que um CDB pelo simples fato de, na primeira, não haver incidência de IR. Você deve calcular a rentabilidade líquida de ambos e fazer a comparação.

Considere sempre o prazo das aplicações. Algumas LCIs podem ser mais rentáveis que alguns CDBs no curto prazo, mas, caso você vá deixar o dinheiro aplicado mais tempo, o CDB poderá superar a rentabilidade da LCI em virtude da redução da alíquota do IR.

Não estou aqui dizendo que sempre um CDB será mais rentável que uma LCI no longo prazo. A análise tem que ser feita comparando cada investimento específico. Dependendo da rentabilidade bruta oferecida, pode sim acontecer de que um CDB, mesmo com a diminuição do IR, não conseguir superar a rentabilidade líquida da LCI.

No CDB terei o transtorno de pagar o IR?

O investidor não tem que realizar nenhum tipo de atividade para pagar o Imposto de Renda. Ele é descontado na fonte, ou seja, você já receberá a quantia líquida.

Mas terei o transtorno de declarar o IR?

LCIs, LCAs e investimentos do tipo são isentos de pagamento de Imposto de Renda, contudo, devem ser declarados da mesma forma na declaração anual de IR.

Dessa maneira, analise sempre os investimentos separadamente visando verificar qual, no final, será mais rentável.

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Abraços e até a próxima.

O que são debêntures

O que são debêntures

Pesquisando sobre tipos de investimentos financeiros você já se perguntou sobre o que são debêntures? Pois bem, vou abordar esse tema no presente post mostrando o que são, como funcionam, como investir e outras questões.

O que são debêntures?

Debênture é um título de dívida, normalmente de médio e longo prazos, no qual você “empresta” dinheiro para determinada empresa, não instituição financeira ou de crédito. A partir daí, é como se o investidor se tornasse credor da referida empresa, recebendo o dinheiro “emprestado” mais os juros, no prazo pactuado.

Quanto à conversão das debêntures em ações da empresa, dividimos aquelas em dois tipos:

  • Simples: não podem ser convertidas em ações
  • Conversíveis: podem ser convertidas em ações da empresa emissora, ao final do período ou em prazo estabelecido.

Diferença entre Debêntures Incentivadas e Debêntures Comuns

A diferença entre debêntures incentivadas e comuns é que, no caso das incentivadas, são emitidas por empresas que irão realizar projetos de infraestrutura no país. Por essa razão, recebem um “incentivo” do Governo sob a forma de isenção de Imposto de Renda, o que torna o investimento bem mais atrativo.

Já as debêntures comuns possuem tributação normal de IR regressivo, da seguinte forma:

Período de aplicação Tributação
Aplicações de 0 a 6 meses Imposto de 22,5% sobre a rentabilidade
Aplicações de 6 a 12 meses Imposto de 20% sobre a rentabilidade
Aplicações de 12 a 24 meses Imposto de 17,5% sobre a rentabilidade
Aplicações superiores a 24 meses Imposto de 15% sobre a rentabilidade

 

-Valter, qual é a mais rentável?

Você terá que comparar debêntures específicas. Na incentivada, a rentabilidade oferecida é líquida, já que é isenta de IR. Na comum, o IR dependerá do prazo do investimento.

Vamos a um exemplo.

Digamos que existam duas opções de debêntures, uma comum com rentabilidade de 15%aa. e uma incentivada com rentabilidade de 13%aa., ambas com prazo de 3 anos.

  • Comum: rentabilidade de 12,75% (15-15% de IR)
  • Incentivada: rentabilidade de 13% (isenta de IR)

Nesse caso, caso, embora a rentabilidade bruta da comum fosse maior, a líquida foi menor. Contudo, se a rentabilidade bruta da comum fosse de 16%aa., por exemplo, ela já seria mais rentável no mesmo prazo.

Tipos de rentabilidades das debêntures

Como outros títulos de renda fixa, as debêntures apresentam os seguintes tipos de rentabilidades:

  1. Prefixados: A rentabilidade é definida no momento da aplicação, ou seja, independe de qualquer outro índice. Por exemplo, se você investir em uma debênture que ofereça uma rentabilidade de 15%aa., esse será o seu ganho, independente de qualquer coisa;
  2. Pós-fixados: Nesse caso a rentabilidade é atrelada a um índice específico como CDI, SELIC e outros. Por exemplo, se você investir em uma debênture que pague 120% do CDI  e esse índice ficar em 14%aa., sua rentabilidade seria de 16,8% (120% de 14);
  3. Híbridos: Neste tipo a rentabilidade é formada por uma fatia pré-fixada e uma pós-fixada atrelada a algum índice. Por exemplo, digamos que você invista em uma debênture que pague 10%+IPCA. Caso o IPCA fique em 9%aa., sua rentabilidade seria de 19% (10 fixo+9 IPCA).

Risco de se investir em debêntures

O que são debêntures

Debêntures são considerados investimentos de maior risco do que um CDB, por exemplo.

Nelas você não está investindo em um banco, mas sim em uma empresa “não financeira”. Há o risco de a empresa não conseguir pagar os investimentos realizados. Caso vá investir em alguma debêntures verifique, anteriormente, a solidez financeira da empresa.

Outro ponto de risco é que as debêntures não contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito.

Por ser um investimento de maior risco, só recomendo que você invista caso a rentabilidade oferecida seja bem maior do que títulos de renda fixa mais seguros como CDBs, LCIs, LCAs e Títulos Públicos.

Como investir em debêntures?

Para fins de negociação, debêntures são como ações, você pode comprá-las e vendê-las por meio de uma corretora. Contudo, debêntures nem sempre são muito líquidas, portanto, considere a hipótese de ter que levá-la até seu vencimento.

Mas, enfim, como investir em debêntures?

  • Escolha uma corretora;
  • Abra uma conta enviando seus dados e documentos;
  • Transfira fundos para conta da corretora;
  • Escolha, dentre as debêntures disponíveis, as que se adequam a seus objetivos.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

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Espero, com este artigo, ter conseguido esclarecer o que são debêntures e como funcionam este tipo de investimentos.