O que são debêntures

O que são debêntures

Pesquisando sobre tipos de investimentos financeiros você já se perguntou sobre o que são debêntures? Pois bem, vou abordar esse tema no presente post mostrando o que são, como funcionam, como investir e outras questões.

O que são debêntures?

Debênture é um título de dívida, normalmente de médio e longo prazos, no qual você “empresta” dinheiro para determinada empresa, não instituição financeira ou de crédito. A partir daí, é como se o investidor se tornasse credor da referida empresa, recebendo o dinheiro “emprestado” mais os juros, no prazo pactuado.

Quanto à conversão das debêntures em ações da empresa, dividimos aquelas em dois tipos:

  • Simples: não podem ser convertidas em ações
  • Conversíveis: podem ser convertidas em ações da empresa emissora, ao final do período ou em prazo estabelecido.

Diferença entre Debêntures Incentivadas e Debêntures Comuns

A diferença entre debêntures incentivadas e comuns é que, no caso das incentivadas, são emitidas por empresas que irão realizar projetos de infraestrutura no país. Por essa razão, recebem um “incentivo” do Governo sob a forma de isenção de Imposto de Renda, o que torna o investimento bem mais atrativo.

Já as debêntures comuns possuem tributação normal de IR regressivo, da seguinte forma:

Período de aplicaçãoTributação
Aplicações de 0 a 6 mesesImposto de 22,5% sobre a rentabilidade
Aplicações de 6 a 12 mesesImposto de 20% sobre a rentabilidade
Aplicações de 12 a 24 mesesImposto de 17,5% sobre a rentabilidade
Aplicações superiores a 24 mesesImposto de 15% sobre a rentabilidade

 

-Valter, qual é a mais rentável?

Você terá que comparar debêntures específicas. Na incentivada, a rentabilidade oferecida é líquida, já que é isenta de IR. Na comum, o IR dependerá do prazo do investimento.

Vamos a um exemplo.

Digamos que existam duas opções de debêntures, uma comum com rentabilidade de 15%aa. e uma incentivada com rentabilidade de 13%aa., ambas com prazo de 3 anos.

  • Comum: rentabilidade de 12,75% (15-15% de IR)
  • Incentivada: rentabilidade de 13% (isenta de IR)

Nesse caso, caso, embora a rentabilidade bruta da comum fosse maior, a líquida foi menor. Contudo, se a rentabilidade bruta da comum fosse de 16%aa., por exemplo, ela já seria mais rentável no mesmo prazo.

Tipos de rentabilidades das debêntures

Como outros títulos de renda fixa, as debêntures apresentam os seguintes tipos de rentabilidades:

  1. Prefixados: A rentabilidade é definida no momento da aplicação, ou seja, independe de qualquer outro índice. Por exemplo, se você investir em uma debênture que ofereça uma rentabilidade de 15%aa., esse será o seu ganho, independente de qualquer coisa;
  2. Pós-fixados: Nesse caso a rentabilidade é atrelada a um índice específico como CDI, SELIC e outros. Por exemplo, se você investir em uma debênture que pague 120% do CDI  e esse índice ficar em 14%aa., sua rentabilidade seria de 16,8% (120% de 14);
  3. Híbridos: Neste tipo a rentabilidade é formada por uma fatia pré-fixada e uma pós-fixada atrelada a algum índice. Por exemplo, digamos que você invista em uma debênture que pague 10%+IPCA. Caso o IPCA fique em 9%aa., sua rentabilidade seria de 19% (10 fixo+9 IPCA).

Risco de se investir em debêntures

O que são debêntures

Debêntures são considerados investimentos de maior risco do que um CDB, por exemplo.

Nelas você não está investindo em um banco, mas sim em uma empresa “não financeira”. Há o risco de a empresa não conseguir pagar os investimentos realizados. Caso vá investir em alguma debêntures verifique, anteriormente, a solidez financeira da empresa.

Outro ponto de risco é que as debêntures não contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito.

Por ser um investimento de maior risco, só recomendo que você invista caso a rentabilidade oferecida seja bem maior do que títulos de renda fixa mais seguros como CDBs, LCIs, LCAs e Títulos Públicos.

Como investir em debêntures?

Para fins de negociação, debêntures são como ações, você pode comprá-las e vendê-las por meio de uma corretora. Contudo, debêntures nem sempre são muito líquidas, portanto, considere a hipótese de ter que levá-la até seu vencimento.

Mas, enfim, como investir em debêntures?

  • Escolha uma corretora;
  • Abra uma conta enviando seus dados e documentos;
  • Transfira fundos para conta da corretora;
  • Escolha, dentre as debêntures disponíveis, as que se adequam a seus objetivos.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

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Espero, com este artigo, ter conseguido esclarecer o que são debêntures e como funcionam este tipo de investimentos.

Fundo Garantidor de Créditos – FGC – Entenda como funciona!

Você certamente já viu em vários de meus posts aqui no blog indicações para, buscando encontrar melhores rentabilidades, investir parte do patrimônio em bancos menores. Já deve ter percebido, também, que recomendo tal técnica quando o investimento em questão possui garantia do Fundo Garantidor de Créditos – FGC, mas, afinal, o que é e como funciona o FGC?

O que é o Fundo Garantidor de Créditos – FGC

O Fundo Garantidor de Créditos – FGC foi fundado em 16 de novembro de 1995. O principal objetivo de sua criação foi implementar uma estrutura que protegesse os investidores do sistema financeiro do país. Importante frisar que, com a criação de tal fundo, deu-se um maior grau de confiança aos investimentos financeiros no Brasil.

Esclareço, logo de início, que o FGC é uma instituição privada, ou seja, não pertence ao governo.

Como funciona o Fundo Garantidor de Créditos

Muitos não sabem, mas todos os investidores contribuem com  0,0125% de suas aplicações para o FGC. Essa contribuição forma o patrimônio do fundo.

Mas será que só a garantia do FGC é suficiente para dar segurança aos investidores?

Analisando a demonstração financeira referente ao ano de 2015 do FGV, vemos que o seu ativo total é de  R$ 48.278.145 bilhões de reais:

Fundo Garantidor de Créditos - FGC

Em termos simples, o FGC funciona como um seguro que será acionado no caso de alguma instituição financeira vir a “quebrar” e não conseguir honrar seus compromissos com os investidores.

O limite atual desse “seguro” é de R$ 250.000,000 (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF/CNPJ e por instituição financeira.

Importante frisar que o limite por instituição financeira não aumenta no caso de utilização de mais de uma corretora. Por exemplo, se você usa a corretora X para investir no Banco 1 e também a corretora Y para investir no Banco 1, a proteção é de R$ 250.000,00 por banco e não 250 em cada corretora.

Processo de acionamento do FGC

Ninguém quer passar por isso não é mesmo? O ideal é que todas as instituições sigam bem, sendo positivo tanto para os bancos como para os investidores. Mas pode acontecer de um banco falir e, nesse caso, o que acontece?

O FGC existe exatamente para isso. O fundo deverá pagar aos clientes do referido banco os investimentos que os mesmos possuam naquele banco, até o limite de 250 mil por CPF.

Isso é feito de maneira imediata?

Não.

O banco deve informar ao FGC sua lista total de clientes, para que o fundo realize o pagamento.

Em épocas anteriores, já existiram pagamentos realizados em 25 dias e outros em mais de 3 anos.

Segundo informações que obtive, caso seja necessária uma nova intervenção do FGC, o pagamento deve acontecer em, no máximo, 45 dias.

Veja aqui um histórico dos pagamentos realizados pelo FGC referentes à falências anteriores de bancos: http://www.fgc.org.br/upload/garantia_ip_p.pdf

Lembrando que, caso o processo envolva questões judiciais, os prazos podem se prorrogar mais.

Esclareço, a seguir, alguns pontos:

  • O FGC paga o que você possui até a falência do Banco: Por exemplo, se você tinha 10 mil investidos com uma rentabilidade de 10% ao ano e, digamos que o banco quebre após 5 meses. Nesse caso, você receberá o que investiu mais a rentabilidade obtida nesses 5 meses e não os 10% referente ao ano completo;
  • Invista abaixo de 250 mil: O FGC cobre o que você investiu mais os rendimentos. Caso você invista 250 mil em banco com uma taxa de 1% ao mês, por exemplo, já no segundo mês você possuirá R$ 252,500 mil, ou seja, R$ 2.500 acima do limite de cobertura. Portanto, quando for fazer um investimento inicial em um banco médio ou pequeno, aplique um capital menor que o limite para que, mesmo com a rentabilidade, fique dentro da cobertura.
  • Arquive seus extratos: Em condições normais, o banco informará na lista de clientes quanto cada um possui de investimentos. Contudo, você mesmo ter um controle pode ajudar em uma eventual ação judicial, caso necessário.

Mais informações em: http://www.fgc.org.br/

É isso, o Fundo Garantidor de Créditos – FGC é uma instituição sólida o suficiente para servir de seguro aos investidores brasileiros.

A LCI do Itau é bom investimento?

Será que a LCI do Itau é um bom investimento? Primeiramente, gostaria de deixar claro que o Itau é um dos maiores bancos do Brasil e, até onde sabemos, confiável. De toda forma, cada investimento tem que ser analisado de maneira independente, mesmo dentro do mesmo banco. Analisemos a LCI do Itau então!

Neste post, falarei somente sobre as características da LCI do Itau especificamente, e não sobre o que é LCI.

O Itau, assim como fazem outros bancos, utiliza os investimentos em LCI como fonte de recursos para seus financiamentos imobiliários.

A LCI é considerado um investimento de baixo risco, dessa forma, recomendado para quem não quer correr riscos.

Friso, antes das características, que os bancos “lançam” LCIs de acordo com o lastro disponível na época, de forma que as características da LCI do Itau que mostro neste post podem não ser a mesmas de quando você estiver lendo essas informações. Acesse a página oficial do investimento clicando aqui.

Noções básicas sobre LCI

Aplicar em LCI é como emprestar dinheiro para um banco que, após o prazo combinado, lhe devolverá o dinheiro aplicado com a taxa de juros contratada.

Os juros podem ser pré-fixados ou pós-fixados. No pré-fixado você sabe a rentabilidade já no momento da aplicação. Nos pós-fixados a rentabilidade é atrelada a um determinado índice como CDI, IPCA, Selic etc. Dessa forma, você só saberá a rentabilidade exata da sua aplicação no final.

A LCI do Itau é pós-fixada e atrelada ao CDI. Dessa forma a rentabilidade de aplicação dependerá de quanto for o CDI do período.

Como funciona a LCI do Itau?

A LCI do Itau tem as seguintes características:

  • Investimento mínimo: R$ 100.000,00 (cem mil reais);
  • Rentabilidade: atrelada ao CDI e negociada diretamente com o cliente (leia mais abaixo). Veja mais abaixo como obter uma rentabilidade muito maior que a desse investimento com a Magnetis.
  • Prazo: mínimo de 6 meses, ou seja, antes desse prazo você não conseguirá resgatar seu dinheiro.

A LCI do Itau é um bom investimento?

A LCI do Itau é bom investimento?

O investimento mínimo da LCI do Itau  não é nada baixo (R$100.000,00), o que já é um dificultador para a maior parte dos pequenos investidores.

A rentabilidade da LCI do Itau deve ser negociada diretamente com o gerente, no momento da aplicação.

Como já disse, o investimentos inicial não é baixo, de forma que eu só aceitaria, nesse caso, uma rentabilidade próxima dos 100% do CDI.

O CDI atual gira em torno de 6,5%, quer dizer que se você conseguir uma rentabilidade de 100% do CDI sua aplicação renderia 6,5% ao ano.

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Segurança da LCI do Itau

Investimentos em LCI são considerados bastante seguros, principalmente quando feitos em grandes bancos como o Itau, mas não só nesse tipo de banco.

Qualquer investimento em LCI possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250 mil. Ou seja, até esse limite, mesmo que o banco venha a quebrar, você seria ressarcido.

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Imposto de Renda e IOF

Não há incidência de Imposto de Renda – IR ou IOF na LCI do Itau.

Assim, a rentabilidade que você obtiver já será líquida.

Lembrando, eu elaborei uma planilha que realiza a comparação entre as rentabilidades de investimentos em renda fixa como LCA, LCI, CDB e outros. Para baixar a planilha clique aqui.

Concluindo…

Em um mercado “normal”, os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros. Dessa forma, se há um título do tesouro com características parecidas e que seja mais rentável, não há porque investir em um título privado de banco.

-Certo Valter, mas no Tesouro Direto não há cobrança de IR?

Sim. O que você tem que verificar é a rentabilidade líquida. Comparando com um título do tesouro que possui incidência de IR mas que, após o desconto do imposto, ainda seja mais rentável do que a LCI, a primeira opção ainda é melhor.

Dessa forma, não deixe de verificar o investimento no Tesouro Direto.

Se você quer saber como tirar o máximo deste e de outros investimentos, conheça meu livro digital Domine os Investimentos Seguros.

LCI do Itau é um bom investimento? Depende da rentabilidade que você conseguir com o seu gerente!

CRI e CRA – Conheça os investimentos

Quando se trata de investimentos, quanto mais opções de escolhas tivermos, maior a possibilidade de encontrarmos uma aplicação mais adequada às nossas necessidades naquele momento. Neste post vou apresentar para você os Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI e Certificado de Recebíveis Agrícolas – CRA.

O que é CRI e CRA?

Esses investimentos foram, durante muito tempo, restritos a investidores qualificados, contudo, estão cada vez mais acessíveis aos investidores menores.

Para facilitação de entendimento, relacione os CRI e CRA com LCI e LCA, eles tem algumas particularidades, mas também algumas diferenças.

Os CRIs e CRAS são emitidos exclusivamente por Companhias Securitizadoras de Crédito.

CRI e CRA - Conheça os investimentosEm termos simples, quem aplica em CRI e CRA  adquire o direito de receber fluxos de pagamentos de financiamentos imobiliários e agropecuários, recebíveis de locação etc.

Ambos tem isenção de imposto de renda, IOF e taxa de administração.

Quanto ao prazo, CRI e CRA costumam ser disponibilizados com prazos maiores. Dessa forma, o investidor deve ter em mente que não terá o dinheiro disponível durante um bom tempo.

No entanto, devido à dualidade “tempo-rentabilidade”, normalmente esses investimentos oferecem rentabilidades interessantes. Se você não vai dispor do dinheiro por mais tempo, deve ter uma rentabilidade maior.

CRIs e CRAS não contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito, portanto, são considerados de risco moderado, dessa forma, mais arriscados que LCIs e LCAs. Isso deve ser avaliado na hora da escolha: se você vai correr riscos maiores, terá que receber um retorno maior.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

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É isso, Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI e Certificado de Recebíveis Agrícolas – CRA são mais uma opção de investimentos para diversificação da carteira.

 

Fundos de Ações – Como funciona?

Investimentos em renda fixa e variável - Diferenças

Visando diversificar seus investimentos você está pensando em investir em fundos de ações? Pois bem, neste post falarei como funcionam os fundos de ações.

Antes de adentrar à minha visão pessoal sobre tal tipo de investimento, vou abordar os dados técnicos de tais fundos.

Fundos de Investimento

Fundos de investimentos são como condomínios que reúnem recursos de vários investidores para, utilizando esse maior capital, obter maiores rentabilidades e menores taxas em diversas aplicações.

O patrimônio do fundo é dividido em cotas, de forma que quem aplica no mesmo é chamado de cotista. Ao adquirir cotas de determinado fundo de investimento, o cotista está aderindo e concordando com suas regras de administração e passa a ter os mesmos direitos do demais cotistas, independente da quantidade de cotas que possua.

Em termos bem simples, um fundo de investimentos é o conjunto de recursos de vários investidores, gerenciado por um administrador, para realização de investimentos determinados em regulamento.

Como mostrarei abaixo, fundos de ações são ativos de alto risco. Se você procura investimentos com riscos menores e com rentabilidade mensal, recomendo os fundos imobiliários.

Tipos de Fundos

Como você viu, um fundo de investimento é a reunião de recursos de vários investidores para aplicação em determinados investimentos. O administrador do fundo não pode aplicar os recursos de maneira aleatória, cada tipo de fundo aplica em investimentos específicos, de acordo com sua natureza.

De acordo com a ANBIMA, os fundos de investimentos são classificados em: Renda fixa, multimercado, ações e cambial.

Neste post falarei apenas sobre os fundos de ações.

Fundos de ações

Neste tipo de fundo, como o nome deixa claro, o foco do administrador é no investimento em ações. Para se enquadrar nessa categoria, pelo menos 67% do patrimônio do fundo deve estar investido em ações.

Patrimônio do fundo

Como disse no início, o patrimônio de um fundo de investimento é constituído como uma espécie de condomínio e esse capital é divido em cotas.

O patrimônio líquido do fundo é composto por todos os seus investimentos mais o que esse tiver em caixa; subtraídas suas obrigações, inclusive as referentes à sua administração.

Vamos a um exemplo para melhor entendimento:

O banco X criou o fundo de investimento “XXO” e o mesmo tem um patrimônio de R$10,00 e 10 cotas. Ou seja, cada cota do fundo custa R$ 1,00 (10/10);

Um novo investidor aplica R$ 5,00 no referido fundo. Como cada cota custa R$ 1,00, este investidor adquiriu 5 cotas.

Agora, o fundo possui um patrimônio de R$ 15,00 e 15 cotas (10 iniciais mais 5 investidas). Logicamente, valendo os mesmos R$ 1,00 cada cota (15/15).

Digamos que os investimentos do referido fundo tenham se valorizado em 10%. Agora o patrimônio do fundo passou a ser de R$ 16,50 (R$15,00+10%). Como o fundo possui 15 cotas, cada cota agora vale R$ 1,10 (R$16,50/15).

No caso do novo investidor, como ele adquiriu 5 cotas, com as cotas valendo R$ 1,10, agora ele possui um patrimônio investido de R$ 5,50 (5 x 1,10).

Ressalto que o valor das cotas do fundo variam diariamente, de acordo com a valorização ou desvalorização de seu patrimônio.

Logicamente, os cálculos feitos aqui não incluem taxas e impostos. Utilizei de maneira simples apenas para que você entenda que, aplicando em um fundo de investimento, você adquire cotas do referido fundo. Se o patrimônio do fundo se valorizar, as cotas também se valorizam, pois o valor da cota é o patrimônio do fundo dividido pelo número de cotas.

Risco

Como disse, fundos de ações aplicam pelo menos 67% do seu capital em ações. Dessa forma, sendo de rentabilidade variável, esse tipo de investimento é considerado de alto risco, pois, como é sabido, os valores das ações tanto podem sofrer grande valorização como grande desvalorização. Esse é o risco de mercado. Além desse, há ainda o risco de liquidez.

O risco de liquidez refere à eventual dificuldade que o administrador possa encontrar na venda dos ativos que compõem o fundo, o que impossibilita a conversão do patrimônio em dinheiro, resultando na impossibilidade de conversão das cotas em dinheiro.

Visando minimizar tais riscos, adaptei uma estratégia do “mundo das ações” aos fundos de ações, bem como criei outros mecanismo de proteção. Com essa estratégia reduzo os riscos drasticamente e praticamente asseguro rentabilidade. Mais adiante falarei sobre ela.

Taxas e impostos

Os fundos de investimento são gerenciados por um administrador. Evidentemente, esse não faria a tarefa de administração do patrimônio de maneira gratuita.  Em razão disso, existe uma taxa de administração.

Alguns fundos cobram, também, uma taxa de performance sobre os resultados alcançados. Contudo, vários fundos não possuem essa taxa. Na minha estratégia dou preferência aos fundos que não a possuem, mais a frente você vai entender a razão.

Quanto a impostos, há incidência de uma alíquota fixa de 15% de Imposto de Renda  sobre o rendimento bruto do fundo, cobrado quando você realiza o resgate de suas cotas, independente do prazo.

Fundos de ações pagam dividendos?

Fundos de ações investem seu patrimônio em diversos ativos. Dentre eles, podem existir ações de empresas que paguem dividendos. Nesse caso, os dividendos recebidos pelo fundo serão adicionados ao patrimônio do mesmo, como o patrimônio ficará maior, o valor da cota se valorizará, aumentando a rentabilidade dos investidores.

Para deixar claro, os dividendos são apenas acrescidos ao patrimônio do fundo, valorizando a cota, não haverá deposito de “dividendos” diretamente em sua conta. O dividendo será “embutido” no valor da cota.

Analisando um fundo de investimento

Penso que exemplos reais deixam a teoria bem mais clara não é mesmo? Vou analisar aqui um fundo de investimento específico para melhor entendimento.

Vou analisar o fundo: BB ações VALE 

Este fundo é do tipo “Mono Ação”. Ou seja, aplica seu patrimônio prioritariamente em ações de uma só empresa, no caso, a VALE.

Dessa forma, como a maior parte do  patrimônio do fundo está investida em ações da VALE, à medida que tais ações se valorizem, o patrimônio do fundo cresce, valorizando-se, também, as cotas do mesmo.  Quanto maior a valorização das cotas, maior a rentabilidade para o investidor. Logicamente, havendo desvalorização das ações da VALE, ocorre o efeito oposto.

O valor das cotas é definido diariamente pelo administrador fundo, após o fechamento do mercado.  Assim, se as ações da VALE tiverem se valorizado no dia, o valor da cota tenderá a valorizar-se de maneira semelhante naquele dia.

Variáveis técnicas

O investimento mínimo do fundo BB Ações VALE é de apenas R$ 200,00.

Tanto aplicação como resgate funcionam no sistema D+1 (dia + 1 dia). Ou seja, se eu faço uma aplicação no dia 01/01, esta aplicação será efetivada com o valor da cota do dia 02/01. Assim, qualquer ordem  de aplicação ou de resgate é sempre efetivada com o valor da cota do dia seguinte.

Além disso, atente-se para o fato de que o mercado só funciona em dias úteis e, nesse fundo, o horário limite para movimentações é até as 17:00 (horário de Brasília). Dessa forma, se quero que minha aplicação seja efetivada com o valor da cota de amanhã, tenho que fazer a aplicação até às 17:00 de hoje.

Vamos a um exemplo:

Digamos que no dia 19/05/2016, antes das 17:00, um investidor tenha aplicado R$ 200,00 no fundo BB Ações Vale. Nesse dia, as cotas estavam a um valor de 4,231154906.

Como o fundo funciona no sistema D+1, a aplicação concretiza-se com o valor da cota do dia útil seguinte, no caso, dia 20/05/2016. Nesse dia, a cota ficou no valor de 4,031041959, sendo, então, esse o valor de compra para o investidor.

Nesse exemplo, sempre que a cota do referido fundo estiver maior que 4,031041959, o investidor estará em situação de lucro.

Taxas

Esse fundo não cobra taxa de performance nem de taxa saída.

A taxa de administração é de 2% ao ano. Importante frisar que tal taxa já está “embutida” no valor das cotas, de forma que você não precisará pagar qualquer taxa quando for aplicar ou resgatar suas cotas.

Como recebo meus resgates?

Como já esclareci, tanto aplicação como resgates funcionam no sistema D+1. Dessa forma, caso eu dê uma ordem de resgate hoje até as 17:00, tal resgate será efetivado com o valor da cota de amanha, caso seja dia útil.

Efetivado o resgate, o dinheiro estará disponível em sua conta corrente em quatro dias, pois o resgate é no sistema D+4.

Para ficar claro, o valor de resgate da cota é o do dia seguinte (D+1), o que acontece no D+4 é o depósito do dinheiro em sua conta corrente.

Variação das cotas

No caso do fundo BB Ações Vale, as cotas variam de maneira semelhante às ações da empresa Vale, já que o fundo investe prioritariamente em tais ações. É determinado um valor diário para a cota, após o fechamento do mercado, ou seja, a cota terá um valor diferente no dia 01, 02 e assim por diante.

Veja uma imagem com a variação diária das cotas durante um pequeno período:

Fundos de ações

Como se vê, nesse caso, as cotas estavam em uma tendência de alta, já que no dia 01/04/2016 custavam 4,355787810 e, no dia 20/04/2016 estavam em 6,114951568.

Valores estranhos? Não, eles estão expressos em reais, apenas possuem mais casas decimais após a vírgula. Dessa forma, a cota do dia 20/04/2016, arredondando-se, estava no valor de R$ 6,11.

Nesse período, quem aplicou com a cota do dia 1º e resgatou com a cota do dia 20 teve uma lucratividade bruta de 40,38% em apenas 19 dias.

Assim, se você tivesse aplicado R$ 10.000,00 no dia 01, resgataria R$ 14.038,00. Um lucro bruto de R$ 4038,00.

Desse valor descontamos 15% de IR, o que daria uma rentabilidade líquida de R$ 3432,30 ou 34,32% em apenas 19 dias.

Bom, não é mesmo?

Logicamente, assim como há períodos de alta, há períodos de perda. É renda variável colegas, não há garantias.

Como reduzir os riscos?

Mais no início do post falei sobre os riscos de se investir em fundos de ações. Aqui vou falar sobre como reduzir esses riscos.

1º Invista em grandes bancos

Quem me acompanha sabe que, quando falo de investimentos em renda fixa como LCI, LCA e CDBs sempre afirmo que em bancos menores encontraremos melhores rentabilidades.

Nos fundos de ações, contudo, indico o contrário. Aqui a rentabilidade não depende do tamanho do banco, mas sim da variação positiva do patrimônio e, consequentemente, das cotas do fundo.

Visando reduzir o risco de liquidez, invisto somente em fundos administrados por grandes bancos. Devido à grande quantidade de investimentos que esses bancos (e seus fundos) recebem, é praticamente impossível o fundo não possuir patrimônio para pagar um resgate solicitado por um simples mortal como eu.

Dessa forma, para que a estratégia que ensino seja válida, recomendo que invista em fundos administrados por grandes bancos.

2º Tenha uma estratégia para aplicação e resgate

Basicamente, você pode investir de duas maneiras: a longo prazo e a curto prazo.

A longo prazo, você acredita que as ações de determinada empresa, área ou setor irão se valorizar. Além disso, você acredita que o administrador do fundo irá geri-lo com “maestria”, conseguindo as melhores rentabilidades. Comprando cotas de um fundo agora, caso as ações realmente se valorizem, o patrimônio do fundo também crescerá. Nesse caso, você terá boa rentabilidade com o passar dos anos.

Utilizando-se essa estratégia, você não tem necessidade de ficar acompanhando a variação das cotas dia a dia, já que você terá investido acreditando que, no futuro (em anos), as cotas do fundo terão se valorizado consideravelmente. Vendo dessa forma, as pequenas variações e desvalorizações diárias são irrelevantes.

Algumas pessoas preferem ficar comprando e vendendo as cotas. Ou seja, compram com um determinado preço e, quando as cotas se valorizam, vendem. Como fazer isso? Aplico com uma cota no valor X e resgato logo que a cota se valorize a um padrão que julgo considerável. Usando um exemplo exagerado, caso eu aplique hoje com uma cota no valor de R$ 1,00 e semana que vem ela estiver a R$ 1,50 eu já resgataria, realizando o lucro.

É a velha estratégia de comprar em baixa e vender em alta.

Logicamente essa estratégia é mais arriscada e exige acompanhamento por parte do investidor.

3º Não invista somente um fundos de ações

Fundos de ações são aplicações com alto nível de risco. Dessa forma, o ideal é que você tenha apenas uma pequena fatia do seu capital investida nesse tipo de aplicação.

Bons investidores possuem carteiras de investimentos, com vários tipos de ativos, como, por exemplo: Tesouro Direto, Fundos Imobiliários, Ações etc.

Abraços.

O que deve compor a rentabilidade de um investimento?

Quando fazemos um investimento qualquer, seja em renda fixa ou variável, esperamos, no futuro, receber  um valor maior do que investimos, correto? Isso é a rentabilidade. Contudo, você já parou para pensar sobre quais fatores devem ser considerados nessa rentabilidade?

Basicamente, são três: inflação, ganho real e risco.

Inflação

O dinheiro, em condições normais, tem seu poder de compra diminuído com o passar do tempo.

Se com R$ 10,00 hoje você compra 10 canetas, daqui a um ano, você não comprará mais as mesmas 10. Você pode possuir os mesmos R$ 10,00, mas seu poder de compra terá diminuído, embora em valores absolutos você possua a mesma quantidade de dinheiro (R$ 10,00).

Uma das razões que nos leva a investir, é fazer com que nosso dinheiro mantenha ou aumente nosso poder de compra. Quando fazemos um investimento estamos abrindo mão do dinheiro no presente, acreditando que teremos mais no futuro. Caso no final do período, nosso poder de compra continue o mesmo, terá sido um mau investimento.

Vamos a um exemplo: (valores brutos e absolutos)

espDigamos que eu tenha R$ 100,00 hoje e com isso consiga comprar uma camiseta. Investidor que sou, não compro a camiseta agora e  aplico em um título que me oferece 10% ao ano.

No ano seguinte, resgato minha aplicação, contente, vendo que agora possuo R$ 110,00.

Digamos que a inflação do período tenha sido, também, de 10%.

Como tenho mais dinheiro, vou novamente à loja, mas percebo que a camiseta agora custa R$ 110,00. Entristecido, vejo que, embora meu dinheiro, em termos absolutos, tenha aumentado de R$ 100,00 para R$ 110,00, meu poder de compra segue igual.

Analisando mais profundamente, vejo que o investimento foi um mau negócio. Por quê? Pense comigo:

– O que é melhor: comprar um carro agora ou daqui a um ano?

Tendo-se condições financeiras para a aquisição, logicamente é melhor comprar agora, não é mesmo?

Então, abrir mão de uma satisfação no presente para fazer um investimento que, no futuro, propicie-me exatamente o mesmo poder de compra é um mau negócio.

Isso nos leva ao segundo item:

Ganho real

O ganho real é o ganho obtido, menos a inflação do período.

Ainda usando o exemplo anterior. Digamos que eu tenha aplicado em um título com rendimento de 15% ao ano e a inflação do período tenha sido de 10%. Nesse caso, meu rendimento seria de R$ 115,00, de maneira que eu poderia comprar a camiseta por R$ 110,00 e me sobraria R$ 5,00. Isso seria um ganho real.

(Estou falando aqui em termos simplórios, pois para cálculo de juro real, não basta subtrair a inflação do rendimento obtido. Usa-se um fórmula matemática conhecida como “Fórmula de Fischer”. Mas,  para para entendimento do conceito, vou ater-me à análise superficial.)

Voltando…

Lembre-se, eu abri mão do dinheiro por um ano. Após esse período, meu poder de compra tem que ter aumentado para compensar minha abdicação do mesmo.

Dessa forma, o bom investidor busca aplicações com ganhos reais.

Contudo, quais aplicações rendem mais? Isso nos leva ao próximo tópico.

Risco

Você já deve ter ouvido falar da velha máxima: para maiores rentabilidades, você terá que correr mais riscos!

Isso é uma verdade.

Por exemplo, uma aplicação de sucesso em ações certamente terá rentabilidade maior que uma aplicação de sucesso em CDB.

Investimentos em renda fixa tem rentabilidade “limitada”, em renda variável não.

Investimentos em renda variável proporcionam a “chance” de se obter uma rentabilidade maior do que conseguiríamos em renda fixa. Disse a “chance”, pois, por ser variável, não temos qualquer garantia de ganho ou de perda. Dessa forma, tanto lucro como eventuais prejuízos são “ilimitados”.

Por essa razão, devemos “exigir” de nossos investimentos em renda variável uma rentabilidade muito maior do que em renda fixa. Vamos a um exemplo (valores brutos):

  • Digamos que você invista em uma LCI prefixada que lhe deu uma rentabilidade anual de 14%.
  • No mesmo período, você investiu em ações e teve uma rentabilidade anual de 15%.
  • O investimento em ações foi uma boa aplicação?

Não!

– Ué, como assim Valter, rendeu mais que a LCI, como não foi uma boa aplicação?

Simples:

  • O investimento em LCI lhe “garantia” 14% ao ano;
  • O investimento em ações não lhe dava qualquer garantia;
  • Embora a rentabilidade  das ações tenha sido melhor, o risco era muito maior;
  • Vale a pena correr o risco de perder todo o seu dinheiro por uma diferença de 1%?

A maior parte dos investidores experientes dirá que não.

Risco é um dos fatores que devem ser considerados como parte da rentabilidade.

Dessa forma, se eu vou correr um grande risco, preciso de uma grande rentabilidade para compensar  a temeridade do investimento.

Lembre-se: investir é abrir mão do dinheiro no presente. O que vou receber no futuro tem que compensar meu “desapego”.

Dessa forma, quando analisamos a rentabilidade de um investimento temos que considerar:

Foi maior que a inflação?

Deu-me ganho real?

Remunerou-me pelo risco que corri?

Se todas as perguntas tiverem sim como resposta, você realizou um investimento de sucesso.

Até hoje aqui no blog falei bem mais sobre renda fixa do que sobre renda variável. Estou escrevendo um post sobre o investimento em renda variável que mais faço e que estratégia uso para reduzir os riscos a quase zero e praticamente garantir altas rentabilidades.

Os que já são leitores cadastrados na lista do DAX serão avisados logo que eu postar. Se você ainda não faz parte da lista, inscreva-se gratuitamente no formulário abaixo e mantenha-se informado.

Abraços e até o próximo post.