Renda fixa e renda variável – Diferenças (2019)

Investimentos em renda fixa e variável - Diferenças

Se você já ingressou ou está pensando em entrar no maravilhoso mundo dos investimentos aprenda uma regra: conhecimento é dinheiro! Para começar, você sabe a diferença entre um investimento em renda fixa e renda variável? Aprenda mais neste artigo.

Compreender esses conceitos não é tarefa complexa. Os próprios nomes fazem a distinção, de forma que o que diferencia cada tipo de investimento é a renda.

Em síntese, na renda fixa sabe-se o valor ou percentual que será obtido com o investimento, já na renda variável não há qualquer parâmetro de rentabilidade, de forma que essa tanto pode ser de 1000% ao mês assim como pode ser negativa.

O que é Renda Variável – conceito

Na renda variável você não sabe qual será sua rentabilidade quando faz o investimento. Os resultados de seus rendimentos dependerão de vários fatores de mercado como taxa básica de juros, câmbio, inflação, humor do mercado e outros.

São exemplos de investimento em renda variável: ações, fundos de renda variável (fundos de ações, multimercado etc), fundos imobiliários, derivativos e Commodities (dentre eles moedas).

O que é Renda Fixa – conceito

Investimentos em renda fixa e renda variável - DiferençasDiferentemente da renda variável, nos investimentos em renda fixa você sabe o percentual de rendimento que terá, ou pelo menos sobre qual taxa seu rendimento será calculado.

Então, é possível um rendimento em renda fixa que não se saiba quanto exatamente se terá de rendimento? Sim, entenda abaixo.

Investimentos em renda fixa podem ser pré fixados e pós fixados.

Pré fixados: Neste tipo você sabe exatamente quanto terá de rendimento no vencimento da aplicação.

Pós fixadas: Neste tipo você não sabe exatamente quanto terá de rendimento, mas conhece a taxa de cálculo. Por exemplo, você aplica em uma LCI pós fixada que rende 80% do CDI. Você não sabe exatamente quanto sua aplicação renderá, pois o CDI é variável, mas sabe a taxa de rendimento, 80% do CDI.

São exemplos de investimentos em renda fixa: poupança, CDB, LCI, LCA, Tesouro Direto etc.

Qual o melhor: renda fixa ou renda variável?

Depende do seu objetivo, perfil e situação atual.

Investimentos em renda fixa são mais seguros, mas tem sua rentabilidade limitada, pois está atrelada à uma taxa fixa.

Investimentos em renda variável são mais arriscados por terem rentabilidade livre, ou seja, assim como podem render 100%, no caso de condições favoráveis, podem ter rentabilidade negativa, em condições desfavoráveis.

Cabe a você analise se pode ou não, e até que ponto, correr riscos.

O ideal é que se tenha uma carteira de investimentos diversificada, com parte aplicada em renda fixa e parte em renda variável.

Esperamos, com este artigo, ter esclarecido as diferenças entre investimentos em renda fixa e renda variável.

O que é CDB? (2019) Conheça o investimento

O que é CDB? Conheça o investimento

O que é CDB? CDB quer dizer Certificado de Depósito Bancário e é, certamente, um dos investimentos mais populares no Brasil. Quer aprender mais sobre esse investimentos? Vamos lá então.

O que é CDB?

Trata-se de um título privado emitido pelos bancos e oferecidos aos clientes. Ao aplicar em um CDB, é como se você emprestasse dinheiro ao banco e este utilizasse esse dinheiro em suas mais diversas atividades. Logicamente, por isso, o banco lhe paga uma determinada rentabilidade.

O CDB é uma das principais fontes de captação de dinheiro que os bancos possuem, em razão disso, quase todos os bancos possuem CDBs entre suas opções de investimentos disponíveis.

Quanto rende um CDB?

Não há uma rentabilidade fixa de um CDB. Portanto, não podemos perguntar quanto rende um CDB? Pois a rentabilidade varia de banco para banco e de CDB para CDB. Dentro do mesmo banco, inclusive, podem existir CDBs com rentabilidades diferentes.

Ao investir em um CDB, o banco lhe oferece uma taxa de juros de retorno, que pode ser pré fixada ou pós fixada. No momento da aplicação é definido, também, o prazo da mesma.

Em uma CDB pré fixada, já no momento da aplicação, você sabe exatamente quanto terá de rendimento. Ou seja, se você aplica R$1.000,00 em um CDB com juros de 8% a.a., vai ter um rendimento bruto, após 12 meses, de R$ 80,00.

Em uma CBD pós fixada, diferentemente, você só saberá o rendimento exato no final do período. Digamos que você aplique em um CDB que ofereça 90% do CDI. Se o CDI do período for de 6%, por exemplo, você terá um rendimento bruto de 5,4%, que equivale a 90% de 6.

Como você leu em nosso artigo sobre CDI, este é variável, então o rendimento de CDBs a ele atrelado também varia. Se o CDI aumentar, sua rentabilidade aumenta, se o CDI diminuir sua rentabilidade cai.

Pronto, agora que você já sabe o que é CDB chegou a hora de se aprofundar um pouco mais.

Se você considerar que a rentabilidade é reduzida, recomendamos que conheça o investimento em imóveis por meio dos Fundos Imobiliários.

Risco do CDB

O CDB é considerado um investimento de baixo risco, já que é de renda fixa e possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito.

Prazos dos CDBs

Não existe prazo fixo. Você vai encontrar CDBs de 30 dias e outros de alguns anos.

O prazo é algo de deve ser levado em consideração nesse tipo de aplicação. Só aplique em um CDB de prazo longo se tiver certeza de que não vai precisar do dinheiro antes desse prazo.

Por exemplo, um CDB de 5 anos normalmente oferece melhor rentabilidade que um de 30 dias, contudo, você deve ter em mente que só terá seu dinheiro de volta após 5 anos.

Impostos do CDB: IR e IOF

Há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos do CDB. A alíquota é regressiva, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a alíquota do IR. Veja a tabela abaixo:

  • 22,50% para até 180 dias (até 6 meses)
  • 20,00% de 181 a 360 dias (entre 6 meses e 1 ano)
  • 17,50% de 361 a 720 dias (entre 1 ano e 2 anos)
  • 15,00% acima de 720 dias (mais de 2 anos)

O que é CDB? Conheça o investimentoHá também a incidência de IOF, funciona assim: a tributação ocorre apenas para saques com menos de 30 dias de aplicação, calculado sobre a rentabilidade, sendo proporcional ao número de dias aplicados. A alíquota é regressiva, dessa forma, diminui à medida que aumenta o prazo de aplicação. As alíquotas variam de 96%, para aplicações por 1 dia, até 3% para aplicações por 29 dias.

Dessa forma, leve sempre em conta os impostos no cálculo do rendimento de um CDB.

Esperamos, com este artigo, ter esclarecido o que é CDB. Tenha em sua carteira esse ótimo investimento.

Investimento prefixado e pós-fixado – como funcionam?

investimentos juros pre-pos fixados

Os investimentos, principalmente, em renda fixa, são feitos sob uma “promessa” de uma taxa de juros de retorno. Essa taxa de juros pode ser prefixada ou pós-fixada. Você sabe como funciona o investimento prefixado e o pós-fixado? Veja neste post.

Diferença entre investimento prefixado e pós-fixado

  • Prefixado: a taxa de retorno é conhecida no momento em que se faz o investimento, ou seja, aconteça o que acontecer você deve receber a taxa de juros pactuada.
  • Pós-fixado: a taxa de retorno só é conhecida no momento do recebimento ou prazo final do investimento. Dessa forma, o investidor não sabe, de início, quanto terá de rendimento exatamente.

Vantagens e desvantagens do investimento prefixado e pós-fixado


Os investimentos com juros prefixados são, claramente, mais “seguras”, já que você sabe o quanto receberá de rendimento já no momento da contratação.

Em razão de serem fixas, muitas vezes, acabam sendo menos lucrativas, principalmente em momentos nos quais a economia estiver passando por uma fase de juros altos. Nesse cenário, por mais que os juros continuem subindo,  quem fez um investimento prefixado não terá seu rendimento alterado.

Por exemplo: digamos que os juros da economia estejam a 6,5% ao ano e você invista em um CDB que lhe ofereça 6,5% ao ano. Mesmo se os juros da economia subirem para 10%, como a rentabilidade do investimento que você fez é prefixada, você teria como rentabilidade apenas os 6,5% contratados.

As aplicações com juros pós fixados são menos “seguras”, já que você só saberá o quanto receberá de rendimento posteriormente. Em razão disso, seu lucro final pode ser menor do que você imaginava, caso a taxa à qual seu investimento esteja atrelado caia no período. Contudo, em caso de alta na referida taxa, seus investimentos terão acréscimo no rendimento.

Por exemplo. Digamos que você contrate um CDB que lhe ofereça uma rentabilidade de 120% do CDI. Digamos que o CDI no momento esteja em 6,3% ao ano. Consideremos que o prazo desse CDB seja de 2 anos. Digamos que nesse prazo o CDI suba para 10% ao ano. Nesse caso, a rentabilidade do seu investimento seria de 120% calculados sobre 10 e não sobre os 6,3 de quando você aplicou.

Logicamente  o cálculo não é tão simples assim a alteração do CDI não ocorre de maneira tão direta, utilizei esse exemplo somente para que você entenda o funcionamento. Se você ainda não leu, recomendo a leitura do meu post: o que é CDI.

Investimento prefixado e pós-fixado: qual o melhor?

De maneira bastante simplória, o investimento prefixado é mais recomendado quando você acredita que a taxa de juros vai se manter igual ou cair; e o pós-fixado quando você acredita que os juros irão subir.

Outra coisa a considerar é o nível de previsibilidade que você precisa ter. Por exemplo, caso você esteja aplicando para ter, com certeza, um determinado rendimento, é melhor escolher um prefixado, pois, não importa o que aconteça, você vai receber aquela rentabilidade.

Quer entender mais sobre investimentos? Inscreva-se nos formulários no topo da página ou no final do post que, sempre que eu postar algo, você será avisado por e-mail.

Você viu, neste post, como funciona o investimento prefixado e pós-fixado.

Análise técnica e gráfica de ações

analise tecnica grafica

Quando falamos de análise de ações, temos basicamente duas abordagens: a análise fundamentalista e análise técnica/gráfica. Neste artigo trataremos da segunda. Tais análises são importantes para você que quer investir na bolsa de valores.

O que é análise técnica/gráfica?

A análise técnica/gráfica consiste na observação dos gráficos dos valores passados das ações de uma determinada empresa, visando estabelecer um padrão de altas e baixas, de acordo com o preço e volume das ações negociadas. Com tal análise, visa-se definir uma tendência de oferta e demanda para que se possa comprar ações quando se acredita que elas subirão em seguida e vender quando se presume que haverá uma queda.

Tendo em vista o seu papel de “previsibilidade”, este tipo de análise é bem mais especulativa que a análise fundamentalista.

Existe uma infinidade de formas de se fazer análise técnica/gráfica de ações, as principais delas são: tendências, suporte e resistência, forças de compradores e vendedores, tempos gráficos, movimentos de topos e fundos, volume e gráficos de preços e médias móveis. Este último é, provavelmente, o mais utilizado.

A análise técnica/gráfica confia, em grande parte, na lei da oferta e procura. Ou seja, quando muita gente compra o preço sobe e quando muita gente vende o preço cai.

A análise técnica exige bastante atenção por parte do investidor. Pessoalmente não recomendo para iniciantes, pelo menos não com altos investimentos.

Caso você esteja pensando em começar recomendo que inicie com investimentos menores. À medida que for pegando a prática aumente o volume.

Veja abaixo uma imagem com um exemplo de análise técnica/gráfica baseada no suporte e resistência:

De maneira bastante simplória, presume-se que, ao chegar ao suporte, as ações começarão a subir e, ao chegar à resistência, tenderão a cair.

Esse, como dissemos acima, é só um dos itens de análise técnica, existem diversos outros. O ideal é que você utilize mais de um para uma análise mais completa.

Análise fundamentalista – O que é? (2019)

analise fundamentalista

Bem, agora que você já aprendeu como investir na bolsa de valores, vamos aos dois estilos de abordagem de análise:

O que é análise fundamentalista

A análise fundamentalista leva em consideração a parte qualitativa da empresa, ou seja, seu principal foco não é a variação do preços das ações, mas sim as características administrativas e operacionais da empresa, em resumo, analisa seus fundamentos.

Nesse tipo de análise busca-se conhecer os traços de gestão e administração de uma determinada empresa, visando obter subsídios para análise do desempenho futuro da mesma.

Assim, a análise fundamentalista estuda a empresa por dentro e não por fora (preço das ações).

Dentre outros fatores uma análise fundamentalista deve verificar:

  • A empresa é lucrativa?
  • Seu faturamento está crescendo ou diminuindo?
  • Qual a posição da empresa no mercado frente a seus concorrentes?
  • Ela possui condições de quitar suas dívidas?
  • Sua gestão é moderna?

Aqui colocamos apenas alguns exemplos, mas são dezenas de indicadores que podem ser analisados. Uma análise bem feita pode propiciar bons resultados assim como mostrei no post Análise Fundamentalista: Mais de 200% de rentabilidade em 2 anos.

Por que fazer a análise fundamentalista?

Análise Fundamentalista - O que é?Estudando-se a fundo uma determinada empresa é possível conhecer o valor real da mesma. Sabendo-se o valor, é possível definir se o preço das ações refletem o valor real da empresa ou se estão abaixo ou acima do referido valor.

Comprando-se ações de uma determinada empresa a um preço abaixo do seu valor real, a chance de se obter bons rendimentos são consideráveis.

Veja esse vídeo sobre análise fundamentalista:

Evidentemente, fazer a análise fundamentalista não é tarefa simples, e exigirá certa dedicação por parte do investidor.

Value Investing – O que é (2021)?

value investing

Em tradução livre, value investing é investimento em valor. Esse princípio é utilizado principalmente no investimento em ações, mas não só nele, e tem como principal foco a análise fundamentalista da empresa e a realização do investimento com uma boa margem de segurança.

Antes de prosseguir, porém, recomendo que você leia meu post sobre como investir na bolsa de valores, caso ainda seja iniciante. Além disso, como disse, essa filosofia se aplica não só às ações, mas também pode ser de grande valia para quem investe em Fundos Imobiliários, por exemplo.

Vamos lá então!

O conceito de value investing surgiu em 1934, na obra “Security Analysis”, de Benjamin Graham e David Dodd.

Posteriormente, Warren Buffett, treinado por Graham, viria a se tornar um dos homens mais ricos do mundo e considerado, por muitos, o melhor investidor da história, utilizando os conceitos de value investing. Em razão disso, Buffett é tido como o principal “divulgador” do conceito.

Value Investing: preço e valor

O primeiro ponto a ser esclarecido quando se fala de value investing é a diferenciação entre valor e preço.

  • Valor: é algo intrínseco à empresa, ou seja, uma empresa possui valor alto ou baixo dependendo da sua qualidade como empreendimento, independente de seu preço atual. Dessa forma, uma boa empresa segue sendo boa mesmo se, no momento, as ações da mesma estiverem se desvalorizando;
  • Preço: é o quantitativo monetário (dinheiro) que o mercado atribui a uma determinada empresa em um determinado momento. Pode ser maior ou menor que o “valor real” da empresa.

Value InvestingPrincipalmente no mercado de ações, a lei de oferta e procura funciona com muita força. Se muita gente está vendendo uma ação, o preço da mesma cai; se muita gente está comprando, o preço da mesma ação sobe. Contudo, o “valor” da empresa segue igual, a empresa não se tornou melhor ou pior pela baixa ou alta do preço da ação. Se ela é uma empresa estável, segue sendo estável. Se ela é lucrativa, segue sendo lucrativa.

Assim, value investing refere-se à fazer-se uma análise qualitativa da empresa na qual se pretende investir. O investidor desse tipo parte do principio de que, comprando ações, está se tornando sócio da referida empresa, em razão disso, ele deve acreditar no potencial de crescimento daquela empresa, ou seu investimento não faz nenhum sentindo.

 

Por quanto comprar uma ação?

Entendido o conceito de valor, o que é melhor: comprar ações a um preço abaixo do valor ou acima do valor?

Logicamente é melhor realizar a compra com o preço abaixo do valor.

Pense:
Se há um apartamento que vale R$100.000,00 é melhor comprá-lo a R$ 80.000,00 ou a R$ 120.000,00? Claro que a R$ 80.000,00.
Com ações é a mesma coisa. Sabendo-se o valor de uma empresa e se as ações da mesma estão abaixo desse valor, efetivamente faremos uma boa compra.

Importante frisar que em value investing você deve encarar a compra de ações realmente como um investimento no significado mais puro da palavra. Ou seja, o investidor desse tipo compra ações porque acredita no valor de uma determinada empresa e quer ser dono de parte da mesma, ou seja, ser sócio.

Quem investe seguindo a filosofia do value investing é um investidor no sentido base da palavra e não um especulador.

Se você investe em uma boa companhia, o sobe e desce do preço das ações não deve lhe afetar, pois, independente do preço das ações, o valor da empresa segue o mesmo.

Veja esse vídeo da Suno sobre value investing:

Esperamos, com este artigo, ter esclarecido um pouco mais o conceito de value investing.