Tipos de Fundos Imobiliários: por onde começar a investir?

Felizmente o mercado de Fundos Imobiliários no Brasil tem crescido bastante nos últimos anos. Pessoalmente acho isso muito positivo, pois os FIIs são uma ótima fonte de renda. Você conhece os tipos de fundos imobiliários? É iniciante e procura por onde começar? Esse post pode lhe ser útil.

Muita gente depois de conhecer um tipo de investimento, mesmo gostando dele, fica na dúvida sobre por onde começar. A ideia deste post é essa: falar o básico sobre os tipos de fundos imobiliários e lhe mostrar o caminho inicial.

O investimento em imóveis é o preferido do brasileiro e se você gosta desse mercado os FIIs podem ser uma ótima opção.

Como extra, no final do post lhe mostrarei o material que uso para escolher e administrar os fundos imobiliários que tenho na carteira.

Tipos de Fundos Imobiliários

Não existe uma categorização definitiva sobre os tipos fundos imobiliários, já que eles podem ser analisados sobre alguns enfoques diferentes como:

  • Tipo de ativo
  • Tipo de gestão
  • Objetivo do fundo; e
  • Duração do Fundo

Vou ser bem sucinto nas categorizações de forma a fazer com que você entenda o básico. O bom investidor em FIIs se forma com o tempo, cada vez mais adquirindo conhecimento para fazer a comparação de fundos imobiliários.

FII – Tipo de ativo

Basicamente existem dois tipos de ativo:

FIIs de tijolo: investem em imóveis físicos (reais) e lucram com os alugueis ou com a venda dos mesmos. Há FIIs multi-imóveis (possui vários imóveis) e outros mono-imóvel (possui somente um). Esses podem se dividir, ainda, em:

  • Lajes corporativas;
  • Lojas e supermercados;
  • Educacional (escolas e universidades);
  • Agências bancárias;
  • Shoppings;
  • Salas comerciais e escritórios;
  • Galpões de logística;
  • Galpões industriais;
  • Hotéis; e
  • Hospitais

FIIs de papel: investem em “papéis” ou ativos financeiros do setor imobiliário como LCI ou CRI ou mesmo em cotas de outros FIIs. Lucram com o recebimento de juros ou com a venda dos papéis. Assim, não investem em imóveis físicos e sim em aplicações do setor imobiliário.

Além disso, é importante ficar claro que um FII pode enquadrar-se em mais de uma das categorias acima citadas.

FII – Tipo de gestão

Também são duas:

  1. Gestão ativa: o gestor tem maior autonomia para “rodar” os ativos do fundo, por exemplo, vendendo alguns imóveis e comprando outros, sem a necessidade de assembleias. O desenvolvimento do fundo, nesse caso, depende muito da competência do administrador na gestão do capital.
  2. Gestão passiva: o gestor tem autonomia somente para a prática de atividades cotidianas do fundos como gestão de alugueis, inquilinos etc. Para alterações relevantes no patrimônio do fundo ele necessita de aprovação em assembleias.

FII – Objetivo do Fundo

  • Fundos de Renda: cotas são emitidas para captação de capital. O dinheiro é usando para comprar imóveis. Parte dos alugueis recebidos é passada para os cotistas.
  • Fundos de Incorporação e Desenvolvimento: O dinheiro captado é utilizado para construção do empreendimento (exemplo: condomínio).  Ao final, o imóvel pode ser vendido ou alugado. Parte da renda obtida é dividida entre os cotistas. Durante a construção pode ou não haver renda aos cotistas por meio de RGM (Renda Mínima Garantida).
  • Investimento em ativos Financeiros: Por possuírem capital alto para investimento, tem acesso à algumas LCIs e CRIs que pessoas comuns não tem. Esses investimentos normalmente oferecem melhores taxas do que os disponíveis para as pessoas físicas.
  • Fundos de Fundos: compram cotas de outros FIIs. A renda do fundos vem dos recebimento dos proventos e também da venda dessas cotas.

FII – Duração do Fundo

Quanto à duração são dois tipos de fundos imobiliários:

  • Duração determinada: fundos criados com objetivo bem específico e prazo de duração. Durante o período de existência parte do capital é devolvida aos investidores, de maneira que o FIIs deixa de existir quando finda o prazo.
  • Duração indeterminada: a maioria dos FIIs possui duração indeterminada, ou seja, não tem prazo para acabar.

Tipos de Fundos Imobiliários

Por onde começar?

Pois bem, se você é iniciante vou ter passar os primeiros passos para começar. Antes, caso ainda não tenha lido, preciso que você leia meus três posts anteriores:

Já leu? Vamos lá então.

Para o iniciante o ideal é começar com FIIs mais simples e com bom nível de diversificação. A lista que colocarei aqui é somente uma opinião pessoal, não é uma regra absoluta, certo?

Para começar prefira:

  1. Fundos de tijolo: são mais fáceis de entender e analisar do que os de papel;
  2. Prazo indeterminado: desnecessário se preocupar com os resultados do fim do prazo do FII;
  3. Fundos de renda: mais fáceis de entender e analisar que os demais, além de ter proventos mais constantes;
  4. Fundos multi-imóveis: se o FII possui muitos imóveis ele recebe de várias fontes. Se ele tiver problema com algum inquilino, terá ainda a renda dos outros. Se ele possuir um imóvel só, caso tenha problemas, ficará sem renda;
  5. Imóveis em cidades diferentes: técnica de diversificação. Imóveis diferentes em cidades diferentes. Isso complementa a dica anterior.
  6. Proventos relativamente estáveis: Os proventos dos FIIs não são fixos, mas alguns são mais estáveis que outros. Para iniciantes, um FII que produza renda constante é o ideal;
  7. Monte uma carteira: diversificar é positivo. O ideal é ter, pelo menos, três FIIs na carteira.

Dica de FIIs para começar

Não é uma indicação de compra. Todos são adultos e responsáveis  e devem definir onde colocar seu dinheiro, não é mesmo?

Até porque, os melhores fundos imobiliários variam dependendo dos objetivos de cada um.

Citarei aqui apenas dois FIIs que fazem parte da minha carteira, somente a título de referência:

Começar uma carteira com esses FIIs já lhe dará uma base para ir desenvolvendo. O ideal é que tenhamos uma carteira maior, mas temos que começar por algum lugar, não é?

Muitos sentem falta de um material de apoio que auxiliem em suas decisões na hora de investir em fundos imobiliários. Para não ter que gastar muito tempo lendo relatórios gerenciais, eu uso o relatório Desmistificando FIIs (clique e veja). Nele tenho acesso às informações já condessadas e atualizadas.

É isso, penso que com os posts escritos até aqui você já possui o conhecimento suficiente para começar. Além disso, tanto para iniciantes como para investidores mais experientes o relatório pode ser um grande auxílio.

O investidor em fundos imobiliários deve ir sempre se aperfeiçoando. Quanto mais investimos e aprendemos, melhores investidores nos tornamos.

Neste post você conheceu os tipos de fundos imobiliários e por onde começar a investir.