Ourocap – Como funciona o título do Banco do Brasil

Ourocap - Como funciona o título do Banco do Brasil

Você certamente já ouviu falar dos populares títulos de capitalização. Falarei neste post do Ourocap, o título de capitalização do Banco do Brasil – BB. Você sabe como o Ourocap funciona?

O que é um título de capitalização?

Pois bem, antes de entrar nas características do Ourocap em si, vou falar sobre o que é um título de capitalização.

A primeira coisa que eu gostaria de deixar claro é que, ao contrário do que alguns afirmam, um título de capitalização não é um investimento.

Na melhor das hipóteses pode ser considerada uma maneira de juntar dinheiro, mas não de investir.

Em termos bem simples, um título de capitalização é um sistema no qual você aplica uma determinada quantia, concorre ao sorteio de prêmios durante a validade do título e, no final da carência, pega seu dinheiro de volta, no geral, corrigido.

Sobre investimentos, se você quer fazer seu dinheiro render de maneira segura recomendo ler isto.

Ourocap - Como funciona o título do Banco do Brasil

Ourocap do Banco do Brasil, há vantagens?

Embora eu não recomende como investimento, até posso indicar esse tipo de “aplicação” em duas hipóteses:

  1. Se você gosta de apostas: nesse caso, você já iria gastar mensalmente uma quantia apostando em mega- sena, loto-mania e afins. Nessas apostas comuns, caso não ganhe, não há possibilidade de pegar nem parte do dinheiro de volta. No título de capitalização, pelo menos, caso não seja sorteado em nada, você ainda poderá reaver o dinheiro “apostado”. Logicamente, jogos diferentes tem probabilidade de ganhos diferentes e eu não vou tratar desse assunto aqui.
  2. Para quem não tem compromisso de guardar dinheiro: Investir é a segunda fase de guardar dinheiro. Não dá para ser um investidor se você ainda não superou a primeira fase (guardar dinheiro). Embora não seja o adequado, o Ourocap pode ser uma maneira de “forçá-lo” a guardar uma pequena quantia durante um tempo. Pensando como investidor, guardar já é melhor que gastar. Soma-se a isso a possibilidade, mesmo que remota, de você ganhar algum prêmio. Mesmo acontecendo o normal e você não ser sorteado 🙂 , poderás reaver o dinheiro “aplicado”.

Como é o pagamento do Ourocap do Banco do Brasil – BB?

No momento existem dois gêneros de títulos quanto ao pagamento:

  • Pagamento único: nesse você faz um só pagamento o concorre aos sorteios durante o prazo de vigência. O dinheiro aplicado é resgatado no final, corrigido pela TR;
  • Pagamento mensal:  nesse você faz pagamentos mensais e também concorre aos sorteios durante o prazo de vigência. O dinheiro aplicado é resgatado no final, corrigido pela TR

Quais os títulos disponíveis no Banco do Brasil?

Os títulos se alteram com o tempo, no momento que escrevo esse post os títulos disponíveis são (link página oficial):

1 – Ourocap Único 36

Com o Ourocap Único 36, você faz um único pagamento de R$ 3.000,00 a R$ 20.000,00 e concorre a prêmios de R$ 200 mil até R$ 25 milhões, durante os 36 meses do plano. E, ao final da vigência, você recebe de volta 100% do valor pago no título com atualização da TR.

2 – Ourocap Único 48

Com o Ourocap Único 48, você faz um único pagamento de R$ 1.000,00 a R$ 20.000,00 e concorre a prêmios de R$ 200 mil até R$ 25 milhões, durante os 48 meses do plano. E, ao final da vigência, você recebe de volta 100% do valor pago no título com atualização da TR.

3- Ourocap pagamento mensal

Ourocap Mensal 36

Parcelas de R$ 300 a 1.000.
Prêmios de até R$ 10 milhões.
Vigência de 36 meses.
Devolução de 100% do valor pago no título + TR.

Ourocap Mensal 48

Parcelas de R$ 100 a 250.
Prêmios de até R$2,5 milhões.
Vigência de 48 meses.
Devolução de 100% do valor pago no título + TR.

Ourocap Mensal 60

Parcelas de R$ 50 a 90.
Prêmios de até R$ 900 mil.
Vigência de 60 meses.
Devolução de 100% do valor pago no título + TR.

Ourocap Pagamento Periódico PP36

Parcelas de R$ 500, R$1000 ou R$5000.
Prêmios de até R$ 1.785 milhão.
6 pagamentos e 36 meses de vigência.
Devolução de 100% do valor pago no título + TR

Ourocap – como contratar?

Atualmente é bem simples contratar um Ourocap, pode se feito no caixa eletrônico ou mesmo diretamente no app do Banco do Brasil.

Ourocap Banco do Brasil – como consultar extrato?

Caso você já tenha adquirido um Ourocap do Banco do Brasil e queira consultar seu extrato o procedimento é simples:

  1. Acesse o site da BrasilCap e realize seu cadastro;
  2. Com o cadastro feito, basta usar seu login e senha e acessar a área na qual você encontrará todas as informações do seu título;
  3. Além disso, pode-se consultar pelo aplicativo.

Ourocap  – Rentabilidade

Os valores aplicados no Ourocap são atualizados pela TR, ou seja, a mesma atualização da poupança, contudo, o Ourocap não gera juros.

Assim:

  • Poupança: rende juros + TR
  • Ourocap: somente TR

Essa é uma das razões de um título de capitalização não poder ser encarado como um investimento. O dinheiro aplicado será apenas atualizado pela TR. No final de um prazo de 36 meses, por exemplo, se você aplicar R$ 1000,00, em três anos, receberá R$ 1000,00 mais a TR do período.

Olhando de maneira simplória, você poderá achar que seu dinheiro terá rendido, pois você receberá mais do que os R$ 1000,00 aplicados, contudo, seu poder de compra certamente terá diminuído.

  • Primeiro, se você tivesse aplicado esse dinheiro, mesmo que na poupança, teria ganhado mais;
  • Segundo, descontando-se a  inflação desses três anos, é provável que você, na verdade, esteja com menos dinheiro.

Como assim menos dinheiro Valter, ele não vai render?

Digamos que você hoje com R$ 1000,00 compre 10 camisas.

Digamos que você contratou um Ourocap e, depois de três anos, receba R$ 1100,00 (valor hipotético). Parece mais dinheiro, não é mesmo? Contudo, com a inflação desses três anos é provável que com os R$ 1100,00 você não mais compre as 10 camisas, pois elas terão aumentado de preço. Nesse caso, seu poder de compra terá diminuído e, portanto, você terá perdido dinheiro.

Ourocap do Banco do Brasil – Desvantagens?

  • Pequena quantidade de sorteios;
  • Pouco probabilidade de ser sorteado;
  • Prazos de vigência relativamente longos e sem rentabilidade para seu dinheiro (apenas TR);
  • É retido Imposto de Renda – IR – do prêmio (quando couber).

Ourocap – conclusão

Pois bem, como disse antes, títulos de capitalização não são investimentos, como mostrei, na melhor das hipóteses são uma forma de guardar dinheiro e ao mesmo tempo concorrer a prêmios.

Na verdade esses títulos mexem com o inconsciente das pessoas que, no fundo, gostam da possibilidade, mesmo que muito remota, de ganharem uma boa quantia de dinheiro de uma só vez.

Eu de maneira alguma criticarei isso. Por mais que trabalhemos, tenhamos um orçamento controlado e sejamos investidores, ganhar alguns milhares de reais em um sorteio não pode ser considerado ruim, não é mesmo?

O que eu não indico, de maneira alguma, é que você baseie o desenvolvimento da sua vida na remota possibilidade de ganhar algum prêmio. Você estará lutando em uma briga na qual todas as probabilidades vão contra você.

Eu recomendo que você organize seu orçamento e se torne um investidor. Adquira um capital sólido, mesmo que formado por pequenos investimentos mensais e desenvolva-se financeiramente. Os posts abaixo podem ajudar:

Pronto! Está apresentado o Ourocap do Banco do Brasil. Vale a pena? Você quem decide.

Invest Fácil Bradesco vale a pena? Apl invest?

Invest Fácil Bradesco vale a pena

Recebi essa dúvida de alguns leitores e decidi escrever o post. O Invest Fácil Bradesco vale a pena? O que é apl invest? Vamos lá!

O que é o Invest Fácil Bradesco (apl invest)?

Alguns bancos têm um sistema que chamamos de investimento automático, um deles é o Invest Fácil Bradesco.

Como assim investimento automático Valter?

Sob a justificativa de não deixar o “dinheiro parado” na conta corrente, esses bancos fazem com que o dinheiro que cair na sua conta seja automaticamente investido em uma aplicação por eles criada.

No Bradesco, em alguns casos aparece descrito como “apl invest”.

Logicamente, para que isso ocorra, o correntista tem que autorizar.

Contudo, em relação ao Invest Fácil Bradesco há diversas manifestações no Reclame Aqui de pessoas que afirmam que o banco fez essa movimentação sem autorização do correntista. Eu não vou entrar nesse mérito, falarei apenas da aplicação.

Invest Fácil Bradesco vale a pena?

Eu sinceramente não vejo razão para esse tipo de aplicação. Conforme vi em várias reclamações, ao que parece, os atendentes do Bradesco não explicavam muito bem como esse tipo de transação funciona. Dessa forma, muita gente tomava um susto ao consultar o saldo da conta corrente e ver que o dinheiro havia “sumido”.

Sim, as pessoas pensavam que o dinheiro havia sumido, mas, na verdade, ele havia sido aplicado automaticamente no Invest Fácil. Quero acreditar que isso não era feito sem autorização, mas as reclamações são diversas.

Mas enfim, vale a pena ou não?

No Invest Fácil Bradesco o dinheiro sai da conta corrente e é automaticamente aplicado em um CDB. CDBs são os investimentos mais populares dos bancos com diversos prazos e diversas rentabilidades.

O importante é saber encontrar a melhor rentabilidade e também proteger seu dinheiro, como mostro neste artigo.

As características do Invest Fácil Bradesco são, de acordo com a página do banco:

  • Grau de risco: baixo
  • Aplicação mínima: R$ 500,00
  • Baixa automática mínima: R$ 10,00
  • Saldo mínimo de permanência por certificado: R$ 10,00
  • Remuneração: % do CDI.
  • Liquidez: diária
  • Imposto de renda: decrescenteconforme a tabela
  • IOF: conforme a tabela
  • Quem pode investir: Correntistas Bradesco

É como um “CDB comum”, com a diferença que o dinheiro sai automaticamente da sua conta corrente. Falo mais adiante se vale a pena ou não.

Invest Fácil Bradesco quanto rende?

Seu dinheiro é aplicado em um CDB de liquidez diária com remuneração de X% do CDI.

Assim, o dinheiro aplicado vai ter um rendimento diário, de acordo com o CDI do dia. Para fins de comparação, se você tivesse R$ 1000 na conta corrente e R$ 1000 no Invest Fácil por 10 dias, a conta corrente continuaria com os mesmos R$ 1000 e o Invest Fácil teria o rendimento equivalente a X% do CDI dos 10 dias.

Digamos que o CDI desses 10 dias fosse de 0,10% e a rentabilidade prometida seja de 50% do CDI, seu dinheiro renderia 0,05%, no caso do exemplo, R$ 0,50.

A rentabilidade, ou seja, porcentagem do CDI, é variável, contudo, segundo pesquisei, menor que um CDB comum.

Dessa forma, no meu modo de ver o Invest Fácil Bradesco não vale a pena.

Invest Fácil Bradesco vale a pena - apl invest

Quero investir, o que fazer?

Pois bem, se você quer somente um lugar para deixar seu dinheiro rendendo diariamente e não parado na conta corrente, você pode, quando o dinheiro cair na sua conta, investi-lo em qualquer CDB ou Fundo DI de liquidez diária e ir resgatando o dinheiro na medida que precisar.

Não há razão para deixar o dinheiro no Invest Fácil se há outras opções que rendem um pouco mais. A diferença é que a aplicação não é automática, dessa forma, você investe no momento que achar adequado. Se você quer fazer seu dinheiro render de maneira segura tem que ler isto.

Fiz também um vídeo sobre o assunto:

Pois bem, (apl invest) Invest Fácil Bradesco vale a pena? No meu entendimento não.

Renda Fixa realmente rende pouco?

No post de hoje vou mostrar, numericamente, como para o pequeno investidor os investimentos de renda fixa atrelados ao CDI, na maior parte dos casos, são os mais indicados.

Sempre quando me questionam sobre a diferença de rentabilidade entre investimentos de renda fixa, como CDBs, para os renda variável, como ações, digo que investimentos de renda fixa tem rentabilidade mais reduzida, contudo segura e investimentos de renda variável tem maior possibilidade de altas rentabilidades, contudo com mais riscos.

Veja que falei em possibilidade de altas rentabilidades, muitas vezes esse potencial não se converte em rentabilidade efetiva.

Devido ao seu forte fator de variação de preços, investimentos como ações, por exemplo, permitem que realizemos compras com um determinado preço e vendamos posteriormente com um preço maior. Devido à essa facilidade de comprar e vender, tendo lucro, esses investimentos realmente permitem ganhos maiores do que qualquer investimento em renda fixa.

Contudo, essa tarefa de analisar os momentos oportunos para comprar e vender nem sempre são fáceis de identificar para o pequeno investidor. As análises feitas são diversas e nem sempre o pequeno investidor tem conhecimento ou tempo para fazê-las.

Além dessa técnica de comprar barato e vender mais caro, muitos especialistas dizem que ações são investimentos adequado para o longo prazo. Ou seja, pregam que: se você comprar uma ação de uma empresa de qualidade hoje, daqui a 5 anos o preço da ação terá crescido.

Em alguns casos isso realmente acontece, mas não é uma regra, principalmente em se tratando de Brasil. Nos EUA, por exemplo, ações de boas empresas normalmente apresentam crescimento sólido com o passar dos anos. Aqui no Brasil, principalmente devidos às constantes turbulências políticas e econômicas, muitas vezes até boas empresas tem o valor da ação afetado negativamente.

Vou analisar aqui alguns investimentos de maneira isolada para mostrar que, no longo prazo, os investimentos mais seguros da renda fixa apresentam-se mais rentáveis do que os de renda variável. O prazo considerado será de 5 anos, do dia 20/06/2013 a 20/06/2018.

Ações da Petrobras – PETR4

As ações da Petrobrás são das mais negociadas na bolsa brasileira. Vamos ver seu desempenho nos últimos anos?

No dia 20/06/2013 uma ação PETR4 estava cotada em R$ 17,02.

No dia 20/06/2018 uma ação PETR4 estava cotada em R$ 16,21.

Conforme gráfico abaixo. Você pode ver como ação passou por diversos períodos de altas e outros de queda. Quem comprou em um dos períodos de queda e vendeu em um dos de alta pode ter obtido alta rentabilidade. Do mesmo modo, quem comprou no dia 5/02/2016 por R$ 4,54, por exemplo, estará no momento com uma rentabilidade de 257,04%. Essa é a rentabilidade do momento, no futuro pode ser maior ou menor. Frise, também, que trata-se de um exemplo de compra em um momento muito específico, com preços bem baixos.

Mas alguém que simplesmente comprou a ação há cinco anos e “segurou” até o momento teve uma perda de -4,75%. Ou seja, o dinheiro permaneceu investido por 5 anos e a pessoa está em situação de perda, embora a ação tenha passado por períodos de alta durante esse prazo.

Logicamente essa situação pode se alterar no futuro. O preço da ação pode voltar a subir e o investidor pode passar a ter boa rentabilidade, mas não há nenhuma garantia disso.

Dessa forma, comprar uma ação e simplesmente “segurar” nem sempre é garantia de bom resultado.

Ações da VALE – VALE3

Outra ação também bastante negociada na bolsa.

No dia 20/06/2013 uma ação VALE 3 estava cotada em R$ 30,95.

No dia 20/06/2018 uma ação VALE 3 estava cotada em R$ 48,81.

Conforme visto no gráfico, a ação passou por vários períodos de alta e de baixa.

Contudo, quem está com a ação VALE 3, há 5 anos, tem uma rentabilidade atual de 57,7%.

Boa rentabilidade, não é mesmo? Siga com a leitura.

Investimentos atrelados ao CDI

Boa parte dos investimentos em renda fixa no Brasil são vinculados ao CDI. Quando você houve falar que tal CDB oferece 80% do CDI quer dizer que, no final do prazo do investimento, será apurado o CDI do período e a rentabilidade será de 80% disso.

Vários investimentos em renda fixa como LCI, LCA, CDB ou LC oferecem rentabilidades de 100%, 110%, 120% … do CDI. Esse percentual varia de banco para banco e de investimento para investimento. Para quem tem conta em corretora, basta fazer login na mesma e verificar os investimentos disponíveis, você encontrará vários com as rentabilidade acima citadas.

Pois bem, mas para fins de comparação, vamos utilizar um investimento que oferecesse, há cinco anos, 100% do CDI.

Conforme imagem abaixo, esse investimento teria rentabilidade de 69,52% em 5 anos.

Investimentos como LCI e LCA são isentos de imposto de renda, então a rentabilidade líquida seria mesmo de 69,52% em 5 anos. Mas você pode falar: “Valter, nem sempre é fácil encontrar LCI e LCA de 100% do CDI”. Verdade, pelo menos para investimentos menores. Consideremos, então, um LCI de 90% do CDI: a rentabilidade seria de 62,56%.

Quanto ao CDB, há incidência de 15% de IR após 2 anos de investimentos. Dessa forma, descontando-se o IR da rentabilidade obtida, você ainda teria de ganho líquido 59,09% em um CDB de 100% do CDI.

Frise-se que o CDI caiu bastante nos últimos anos acompanhando a taxa Selic que já foi de mais de 14% e hoje beira os 6%. Mesmo assim, a rentabilidade de um simples CDB de 100% do CDI foi superior às ações antes analisadas.

Importante ressaltar, também, que os investimentos em renda fixa citados possuem garantia do FGC, de maneira que, mesmo que o banco que você investiu venha a falir, você estaria segurado até o valor de R$  250 mil.

Além disso, esses investimentos tem crescimento linear, não passando por períodos de queda e altas como as ações, sendo, portanto, mais seguros e previsíveis.

Veja o gráfico abaixo comparando o resultado, em 5 anos, do CDI, LCI de 90%, CDB de 100%, PETR 4, VALE 3.

Conclusão

O que quero dizer com isso tudo?

Estou falando que ações da VALE são melhores que da Petrobrás? Não.

Estou dizendo para você não investir em ações? Não.

O que quis provar é que ações são investimentos que exigem maior acompanhamento e atenção por parte do investidor. Investir achando que o simples passar dos anos vai garantir boa rentabilidade é um erro. Não há qualquer garantia.

Se você investir em qualquer ação hoje poderá ter ganhos daqui a 3 anos, perda daqui a 5, ganhos daqui a 7, perda daqui a 10… enfim. Não há garantia.

Eu recomendo investimento em ações para quem vai, de alguma forma, acompanhar os períodos bons para compra e bons para venda.

Como você viu, mesmo aplicações de renda fixa com rentabilidade considerada baixa, em 5 anos, foram mais rentáveis do que duas das ações mais negociadas no Brasil.

Para pequenos investidores eu recomendo, basicamente, montar uma carteira de investimentos com papéis de baixo a moderado risco e prazos de liquidez diferentes.

Mesmo você que está disposto a suportar mais riscos, o recomendável é que coloque investimentos mais arrojados, como ações por exemplo, dentro de uma carteira composta por outros tipos de investimentos.

Para quem ainda não leu, escrevi um post sobre como montar uma carteira de investimentos.

Abraços e até a próxima.

Previdência Privada vale a pena?

Previdência Privada vale a pena?

Previdência privada vale a pena? Várias pessoas já me pediram para escrever sobre o assunto aqui no blog. Demorou, mas resolvi atender as solicitações. No início, vou explicar de maneira resumida como funcionam os planos de previdência privada aberta e, no final, deixar minha opinião sobre o que acho sobre esse investimento.

Previdência Privada X Previdência Social

A Previdência social gerida pelo INSS é um programa de estado regido por lei. No Brasil, toda pessoa assalariada deve contribuir para a previdência social, obrigatoriamente. O recolhimento é feito na fonte e com alíquota fixa, ou seja, não é você que escolhe com quanto vai contribuir. Em compensação a isso você tem acesso a benefícios previdenciários e no futuro, em tese, receberá um valor mensal a título de “aposentadoria”.

A previdência privada aberta é um plano privado e facultativo, ou seja, cada um faz o seu, se desejar, e contrata uma instituição privada para este fim. Ao contrário do que muitos pensam, a previdência privada não está obrigatoriamente ligada à ideia de aposentadoria. Existem diversos tipos de plano com prazos e características diferentes. Por exemplo, muitos tem a noção de previdência como algo que você pagará durante um tempo e, no futuro, receberá valores mensais de “aposentadoria”. Contudo, você sabia que na previdência privada você pode, inclusive, sacar todo o dinheiro investido de uma só vez e não em mensalidades?

Pois é, vou explicar um pouco mais sobre previdência privada aberta e, mais adiante, mostrar porque você deve desvincular a ideia de previdência privada da noção que temos de “aposentadoria”, uma coisa não necessariamente tem relação com a outra.

Previdência Privada Aberta

Tipos de previdência privada aberta – PGBL e VGBL

  • Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL

Este plano concede o benefício fiscal de poder ser abatido do imposto de renda até o limite de 12% da renda bruta anual. Importante ressaltar que esse benefício acaba sendo válido somente para quem faz a declaração de imposto de renda completa (não a simplificada) e esse tipo de declaração não é mais adequada para boa parte das pessoas. Além disso, as situações referentes ao IR alteram-se ano a ano, ou seja, esse ano a declaração completa pode ser vantajosa, ano que vem não.

De maneira bastante simplória, o PGBL no geral é melhor para pessoas com renda mais alta, situação na qual a declaração completa, normalmente, é mais vantajosa.

Além disso, quanto ao imposto de renda pago no resgate da previdência, a incidência será sobre a totalidade do patrimônio acumulado. Por exemplo, se no final do plano você tiver um patrimônio acumulado de R$ 1 milhão, o IR será cobrado sobre esse valor.

  • Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL:

O VGBL não pode ser abatido do imposto de renda anual, contudo, o IR pago no resgate do plano incidirá somente sobre a rentabilidade e não sobre o total.

Por exemplo, se no final do plano você possuir um patrimônio acumulado de R$ 1 milhão constituído de R$ 700 mil de aplicações e R$ 300 mil de rentabilidade, o IR será pago somente sobre a rentabilidade, no caso R$ 300 mil.

Valor das mensalidades e prazos

Não existe padrão. Tanto o valor da aplicação como o prazo do investimento podem ser negociados com a instituição que oferece o plano. Há planos, inclusive, que a aplicação não precisa ser mensal, podendo ser anual, por exemplo. Logicamente, no final do plano, você receberá de acordo com o que investiu.

Os prazo também não são fixos e variam de plano para plano. Por isso a ideia de vinculação a uma “aposentadoria” nem sempre é válida, você não necessariamente precisa esperar completar 60 anos para receber o que investiu.

Tributação: Imposto de Renda – IR sobre previdência privada

Há duas formas de cobrança de Imposto de Renda – IR: a tabela regressiva e a tabela progressiva

  • Tabela regressiva: como o próprio nome sugere, o imposto regride (diminui) com o tempo. Esse tipo de tabela é mais indicado para que vai investir pensando em um prazo mais longo. No final, o IR chega a 10%, menor que os 15% mínimos nas aplicações “normais” em renda fixa.
Período da aplicaçãoAlíquota do IR
Até 2 anos35%
De 2 a 4 anos30%
De 4 a 6 anos25%
De 6 a 8 anos20%
De 8 a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%
  • Tabela progressiva: Essa é mais indicada pra quem está pensando em um prazo mais curto, ou não tem muita certeza se vai ficar com o dinheiro aplicado até o final. A cobrança é feita em duas etapas: há uma alíquota de 15% de IR retido na fonte no resgate do total ou no início do recebimento da renda, não importa o valor recebido. Além disso, na declaração anual, é verificada a diferença entre o valor pago e o valor efetivamente devido de imposto, com base na renda. Aqui é o IR “normal” como o que incide sobre o salário com alíquota entre 0% e 27,5% de acordo com a tabela vigente na época.

Taxas cobradas na previdência privada aberta

Em um plano de previdência privada, em termos simples, a administradora do plano pega seu dinheiro e investe para você. Logicamente ela cobrará por isso.

No geral há cobrança de três taxas:

  • Carregamento: é cobrada sobre as aplicações mensais. O valor da taxa varia de plano para plano. Em alguns deles, com o tempo, a taxa pode chegar a zero.
  • Administração (gestão): Trata-se de taxa anual e incide sobre o patrimônio acumulado. Também varia de plano para plano, no geral vai de 0,5% a 4%.
  • Saída: Giram em torno de 0,38, mas alguns planos não cobram essa taxa.

Esclarecendo alguns pontos sobre previdência privada

Agora que você entendeu o básico sobre previdência privada vou esclarecer alguns pontos.

Desvincule a previdência privada aberta da ideia de aposentadoria

Uma coisa não necessariamente tem relação com a outra.

Primeiro, não há valor fixo mensal. Você pode pagar quanto quiser, em diferentes periodicidades  e, inclusive, suspender o pagamento. Isso mesmo, os planos normalmente possuem a opção de suspender os pagamentos se você, por exemplo, perder o emprego.

Dessa forma, para quem tem aquela ideia: “quero uma previdência privada para seu algo que me ‘force o investir mensalmente’, sinto avisar que você não será ‘forçado’.

Além disso, o prazo também é variável, desse forma você não é “obrigado” a esperar ter, por exemplo, 60 anos para sacar o que investiu.

Dessa forma, para quem pensa na previdência privada aberta como “um lugar para eu deixar meu investimento sem cair na tentação de gastar” , sinto informá-lo, se você quiser, poderá retirar antes do prazo.

Logicamente os planos tem carências e “penalidades” diferentes para resgates antecipados, mas eles são possíveis.

Até para quem investe por vários anos. Há a possibilidade de receber em mensalidades ou resgatar o total, então, você poderá investir durante toda a sua vida e, no final, “cair na tentação” de sacar tudo, comprar um Limousine e ficar sem sua aposentadoria 🙂  . Mas pelo menos você andará de carrão!

Previdência Privada vale a pena?

Brincadeiras a parte, a ideia de usar a previdência privada aberta para “imitar” a previdência social é errônea. Planos de previdência privada aberta são investimentos com vantagens e desvantagens sobre outros, mas, ainda assim, investimentos. Não os trate como um “previdência social privada”, é uma visão equivocada.

Previdência privada aberta é menos segura do que alguns investimentos

Quem já leu alguns dos meus posts sabe que investimentos como LCI, LCA e CDB têm garantia do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250 mil por CPF. Assim, se o banco que você investe “quebrar” você está protegido até esse limite.

Previdência Privada aberta não possui essa garantia, portanto, se administradora do seu plano “quebrar” você não possuiria qualquer garantia de ressarcimento. Para quem pensa na previdência privada aberta como algo para a aposentadoria esse é um ponto importante não é mesmo?

Não confie nos simuladores de previdência privada aberta

Muitas pessoas utilizam os simuladores das administradoras de previdência privada para saberem o valor da “aposentadoria” que irão receber. Contudo, no geral, esses simuladores não são claros.

A maior parte deles não informa se a rentabilidade informada leva em consideração os juros reais ou nominais.

Além disso, muitas não esclarecem se no resultado as taxas cobradas pela administradora já estão sendo consideradas.

Por fim, como eu disse antes, o que a administradora faz é pegar seu dinheiro e investir, normalmente, em papéis mais seguros e de rentabilidade com certo nível de previsibilidade. Contudo, só saberemos a rentabilidade exata no futuro.

Por exemplo, há pouco tempo atrás a taxa básica de juros da economia – Selic estava em torno de 14%  e agora está próxima dos 6%. A Selic é “parâmetro” para os investimentos mais seguros de uma economia, portanto, simulações feitas na época da Selic de 14% certamente diferem de simulações feitas com a Selic de 6%.

Logicamente alguns simuladores podem ser mais claros e realistas do que outros, mas não poderão te dar a rentabilidade final exata.

Dessa forma, não utilize a informações obtidas em simuladores como verdade absoluta.

Minha opinião sobre previdência privada aberta

Ressalto, é só meu ponto de vista pessoal, não sou pago para indicar ou deixar de indicar nenhum plano de previdência.

Como você viu, planos de previdência privada aberta não devem ser vistos como uma “previdência social privada”.  Olhe para eles como investimentos que, dessa forma, devem ser comparados com os demais.

Se você quer algo para aplicar mensalmente visando garantir uma “aposentadoria” no futuro, tenha em mente que pode fazer isso com qualquer investimento.

Mas Valter, quero ter a “obrigação” de aplicar mensalmente e não ter a “tentação” de resgatar o dinheiro. Como mostrei, planos podem ser suspensos e há possibilidade de resgate antecipado, com taxas, inclusive.

Vários investimentos também tem prazo de carência. Você pode aplicar, por exemplo, em um CDB, LCI, LCA … com prazo de 10 anos.

Aplicar mensalmente visando uma aposentadoria está mais ligado ao seu comportamento do que ao investimento em si. Isso deve ser um compromisso que você faz consigo mesmo.

Como dica, recomendo investir em um banco ou corretora diferente do banco que você utiliza no cotidiano para administrar seu dinheiro. Assim, você não fica “vendo” seu dinheiro toda vez que entra na sua conta.

Planos de previdência privada pegam seu dinheiro e investem, cobrando taxas por isso. Então, por que você mesmo não investe?

Não servindo de indicação de investimento, ou análise de cenário atual, trata-se só de um exemplo:

Você pode investir mensalmente em um título do Tesouro Direto até seus 60 anos. Quando chegar lá, você terá um considerável patrimônio investido. Pegue o valor investido e aplique em qualquer investimento de liquidez diária ou mensal. Saque mensalmente a rentabilidade obtida naquele mês. Pronto, está aí sua aposentadoria “eterna”.

Logicamente trata-se de um exemplo bastante simples, é apenas exemplificativo.

Não precisa ser nenhum especialista para construir um patrimônio para aposentadoria. Como já disse em outros posts, o ideal é formar uma carteira de investimentos. Para quem quer ter “garantia” de  ganhos, o ideal é montar uma carteira com papéis conservadores que, embora possuam menor potencial de ganho, são mais seguros. A Magnetis faz isso online e de maneira simples, mas você pode usar a ferramenta que quiser, existem diversas.

Você viu, neste post:

  1. Previdência Privada X Previdência Social
  2. Tipos de previdência provada aberta – PGBL e VGBL
  3. Valor das mensalidades e prazos
  4. Tributação: Imposto de Renda – IR sobre previdência privada
  5. Taxas cobradas na previdência privada aberta
  6. Esclarecendo alguns pontos sobre previdência privada
  7. Minha opinião sobre previdência privada aberta

Procurei apresentar neste post os principais pontos sobre previdência privada aberta.

Abraços a até a próxima.

 

Como investir dinheiro? Guia – 2ª Parte

Como investir dinheiro


Começamos aqui a 2ª parte do Guia de Como investir dinheiro. Para quem não leu aqui está o link para o Como Investir Dinheiro – 1ª Parte.

No primeiro post falei sobre a organização financeira, que é etapa essencial para quem pretender se tornar um bom investidor.

Investir sem uma boa organização financeira dificilmente lhe levará a ter um crescimento financeiro sólido.

Organização financeira – parte 2

Falei de maneira resumida no post anterior. Prosseguindo com os conceitos, além da definição do quanto você ganha e do quanto você gasta, deve haver a separação do dinheiro especificamente para investimento. Isso deve fazer parte do orçamento mensal.

Quanto investir?

Aí vai da capacidade e necessidade de cada um. Perfis diferentes com objetivos diferentes necessitam de diferentes “quantidades” de dinheiro.

Como número quase “cabalístico”, diz-se que devemos investir, pelo menos, 10% do que ganhamos. Logicamente você pode investir 20, 30 ou 50%, enfim, vai do orçamento e objetivo de cada um.

Acho importante, contudo, respeitar o mínimo de 10%.

Mas Valter, e se eu ainda não consigo separar 10% para investir sem afetar meu orçamento?

Pois é, nesse caso específico você deve começar com o que é possível. Contudo, essa situação não deve perdurar. Com o tempo, o ideal é que você consiga investir mensalmente pelo menos 10% do que ganha. Vale o mesmo conceito de aumentar o resto mínimo que falei no post anterior: ou você aumenta o que ganha, ou diminui o que gasta, ou ambos.

Mais adiante no post falo como você conseguirá aumentar o que ganha.

Com essa parte superada, seu orçamento ficaria assim:

Mês Fevereiro
Remuneração R$      5.000,00
Gastos
Energia R$          300,00
Água R$          150,00
Telefone R$          150,00
Estudos R$          600,00
Financiamento R$          600,00
Cartão de Crédito* R$          500,00
Investimentos ( 10%) R$          500,00
Resto livre R$      2.200,00

Como você pode ver. Apenas peguei o orçamento utilizado no post anterior e adicionei a linha de investimentos. Estou colocando aqui de maneira bem simples, só para explicar o conceito mesmo.

O que quero deixar claro é que investir não pode ser algo que acontece quando você recebe um dinheiro extra, ou quando sobra alguma coisa. O investimento deve fazer parte do seu orçamento mensal, você deve ter esse compromisso.

Gosto de falar que quem tem um orçamento organizado que, após receber seus ganhos, paga todas as contas e investe o planejado, não fica com a “consciência pesada” por gastar o que sobra, pois já terá cumprido suas obrigações presentes e estará formando um patrimônio futuro.

2º Passo – a mentalidade investidora

Pois bem, organizar o orçamento e inserir investimentos em seu orçamento mensal é a primeira parte.

Agora, precisamos adquirir a mentalidade investidora.

Lembro que, no início, eu não entendia muito bem a razão para investir. Dessa forma, eu “guardava” um pouco de dinheiro e, depois de um tempo, gastava com alguma coisa. “Guardava” mais um tanto e, posteriormente, gastava.

Não importava o quanto eu investia por mês nem que rentabilidade eu obtinha, pois, após algum tempo, meu patrimônio investido era zerado.

Isso mudou depois que eu li o livro: O Homem mais Rico da Babilônia. A partir da leitura, percebi que o enriquecimento financeiro é um processo. Formação de patrimônio é um passo a passo constante, não é algo que acontece de maneira mágica, exceto casos esporádicos como ganhar na loteria, por exemplo.

Percebi que enquanto eu continuasse, de tempos em tempos, zerando meu patrimônio investido, jamais alcançaria um situação financeira confortável.

Por mais que eu tivesse um salário que mantinha um bom padrão de vida, em termos de aumento patrimonial eu não tinha nada.

Caiu a fixa. Criei meu plano de desenvolvimento financeiro e o sigo desde então.

Você está no caminho certo quando, mês a mês, vê seu patrimônio financeiro aumentando. Você tem que colocar seu patrimônio para funcionar no efeito bola de neve, sempre crescendo um pouco a cada volta. Tem que seguir assim, mês a mês, ano a ano …

Esse mês você investe X e vai obter uma determinada rentabilidade.

Mês que vem você investe X novamente, e esse será somado com a rentabilidade e o investimento do mês anterior.

No mês seguinte você faz a mesma coisa. Quanto mais o tempo passa, mais seu capital aumenta, juntamente com a rentabilidade que você obtêm.

É tudo questão de hábito. Crie o compromisso de agir assim por pelo menos um ano. Defina o quanto vai investir mensalmente e persista, pelo menos por um ano. Você verá como, quando chegar lá, sua cabeça já estará diferente em relação a investimentos. Comece com o que for possível. Quando falamos desse método não é só uma questão financeira, tem uma abordagem mental envolvida.

Muitas pessoas, exemplo no qual eu me incluo, após começarem a investir da maneira acima descrita, desenvolvem formas de ganhar mais dinheiro, passando a investir mais ainda. Leia o parágrafo a seguir com atenção, mais de uma vez se possível.

Parece que nosso cérebro, após pegar o hábito do investimento, passa a enxergar oportunidades que antes não víamos sobre como ganhar mais dinheiro. Coloque seu cérebro para trabalhar na mentalidade investidora por meio do hábito de investir mensalmente. No futuro você verá que os resultados vão muito além dos investimentos em si, sua forma de gerir e ganhar dinheiro muda completamente.

Mas para que mudar? Como funcionário teria uma aposentadoria mesmo!

Pensei isso no inicio, mas aqui são suas situações.

Previdência Pública

Sempre digo que confiar seu futuro financeiro à previdência pública é, no mínimo, arriscado.

Muita gente não percebe que está deixando seu vida futura à mercê de um só “tiro”, e o pior, que esse “tiro” não está nas suas mãos.

Com um rápido estudo da história da Previdência Pública você pode verificar como, reforma após reforma, os benefícios só diminuem. Isso claramente é uma tendência.

Eu no momento tenho 34 anos e tenho dúvidas se a previdência como a conhecermos vai, sequer, existir no futuro. (só achismo !).

Como eu disse, é no mínimo arriscado confiar na Previdência Pública. O pior é que, quando formos nos aposentar, será pelo fato de já estarmos com a idade avançada. Se algo mudar, teremos ainda “pique” para trabalhar mais?

Contudo, mesmo que exista a previdência como a conhecemos, não são poucos os casos de pessoas que tiveram seu padrão de vida drasticamente reduzido quando se aposentaram. Trabalhando essas pessoas recebiam “extras” que, quando aposentadas, não mais recebem. Conheço pessoas que se aposentaram e, após alguns meses, se “desaposentaram” para voltar a trabalhar, a realidade financeira muda.

Por fim, mesmo que exista a previdência como a conhecemos e mesmo que você receba de aposentadoria exatamente o que recebe de salário, não seria interessante melhorar seu padrão de vida no futuro?

Muitos devem ter pensado agora, posso fazer uma previdência privada.

Previdência Privada

Sim você pode ter uma previdência pública e uma privada.

Você sabe o que a previdência privada faz com seu dinheiro?

Advinha?

Investe.

As instituições que mantem previdência privada investem seu dinheiro e, evidentemente, cobram uma taxa por isso.

Pense: se a previdência privada vai pegar meu dinheiro e investir, cobrando taxas, por que eu mesmo não invisto então?

Pois é meus amigos, seja você sua própria previdência.

Previdência Pessoal

Ser nossa própria previdência tem a vantagem de que somos nós que definimos o investimento mensal, o prazo e o capital que pretendemos. Além disso, em termos de mentalidade, ganhamos uma sensação de poder bastante positiva, pois nós estamos dirigindo nosso futuro com as próprias mãos.

Muita gente, por exemplo, tem o “sonho” de acumular 1 milhão de reais.

Isso é possível para qualquer um, o que vai mudar é o prazo. Na verdade, são três variáveis: prazo, dinheiro investido e rentabilidade.

  • Se quero 1 milhão, em 20 anos, investindo 1000 reais por mês, terei que obter uma rentabilidade X;
  • Se quero 1 milhão, em 20 anos, investindo 2000 reais por mês, a rentabilidade poderá ser menor que X;
  • Se quero 1 milhão, em 10 anos, ou terei que investir mais que 2000 mil, ou ter uma rentabilidade maior, ou ambos;

São sempre essas variáveis. Se quero um determinado patrimônio, quanto menor o prazo, maior o dinheiro investido e a rentabilidade necessários. Se quero o mesmo patrimônio, em um prazo maior, menor pode ser o dinheiro investido e/ou rentabilidade.

3º Passo – como investir corretamente

Pois bem, quem acompanha o blog deve ter percebido a quantidade de investimentos existentes.

São vários de renda fixa como LCI, LCA, CDB e Tesouro Direto; e vários outros de renda variável como ações, fundos multimercados, dólar etc.

Eu admito que para o investidor “não profissional” é um tanto complexo realizar boas escolhas e, principalmente, controlar seus investimentos em meio à quantidade de opções.

Além disso, o ideal não é investir em um só investimento, mas sim formar uma carteira de investimentos.

Uma carteira de investimentos é, de maneira resumida, dividir seu patrimônio em investimentos diferentes, com características diferentes, visando ter uma rentabilidade e/ou segurança acima de investimentos individualizados.

A carteira de investimentos, evidentemente, varia de acordo com o perfil de cada um. Uns tem mais tolerância ao risco, outros menos. Uns podem investir 1000 reais, uns 10 mil, ou outros 100 mil; uns querem patrimônio no longo prazo, ou outros no médio. Enfim, varia muito de pessoa para pessoa, não existe um modelo.

No meu livro Domine os Investimentos Seguros eu ensino como fazer.

O importante é seguir o guia:

  1. Organize seu orçamento;
  2. Determine, pelo menos, 10% da renda para investimentos;
  3. Coloque seu cérebro na mentalidade investidora;
  4. Forme uma carteira de investimentos adequada;
  5. Colha os frutos do seu trabalho.

Agindo conforme esse guia, você não precisará esperar até 60, 65, 70, 80 ou 90 anos para “se aposentar”. O prazo vai depender do quanto você conseguir investir mensalmente e da qualidade da sua carteira de investimentos. O importante é que sempre dá certo, a única coisa que muda é o prazo.

Pense: agindo assim você garantirá um futuro  superior à sua situação atual, isso falando sob o ponto de vista exclusivamente financeiro.

Além disso, como falei, quando adquirimos a mentalidade financeira adequada, nosso cérebro passa a agir de maneira diferente em relação ao dinheiro. Quem realmente desenvolve essa mentalidade, normalmente, desenvolve formas de ganhar mais dinheiro. Investe mais, ganha mais dinheiro e entra em um ciclo virtuoso de enriquecimento.

Qual tal testar? Você só tem a ganhar.

Abraços e até a próxima.

 

Como investir dinheiro? Guia – 1ª Parte – Organização

Como investir dinheiro


Com o conhecimento correto, organizar a vida financeira, livrar-se das dívidas e passar a ser um investir é bem mais simples do que parece.

O problema começa pelo fato de que no Brasil a maior parte de nós não recebeu a educação financeira adequada na escola. Eu não recebi, e você?

Enquanto somos crianças e adolescentes isso não chega a ser um problema. Nessa fase, geralmente nós não temos dinheiro mesmo e reclamamos desse fato.

Não sei você, mas quando eu era adolescente não via a hora de começar a trabalhar, ganhar meu dinheiro e poder comprar tudo o que eu tinha vontade.

Vã ilusão, não é mesmo?

O caos começa quando iniciamos a vida adulta, começamos a trabalhar e passamos a ter contas para pagar. É sempre mais contas que salário e muito mês para pouco dinheiro.

A questão é: isso não deveria ser assim.

Grandes investidores possuem profissionais para gerirem seu patrimônios. Nós, “pessoas normais”, temos a tarefa de conciliar nossa administração financeira com as outras tarefas do cotidiano.

Eu sei que isso nem sempre é fácil, por essa razão vou criar uma sequencia de dois posts:

  1. De início você aprenderá a organizar sua vida financeira e, consequentemente, se livrar das dívidas; e
  2. Com as finanças organizadas, você aprenderá como investir seu dinheiro de maneira segura, usando o poder dos juros compostos para formar um grande patrimônio.

Gosto de falar que tornar-se um investidor é uma etapa posterior à organização financeira. Sem uma organização financeira e um plano financeiro definido, sua vida poderá ser formada por bons e maus investimentos e vários ganhos e perdas de dinheiro. Isso não é o ideal. A meta deve ser um crescimento financeiro constante.

Muitos dos meus leitores aqui do blog já compartilharam suas experiências com vários investimentos. Por vezes eles obtêm ótimos ganhos e em outras oportunidades algumas perdas. Será que isso é por conta dos investimentos em si ou pelo fato desses investimentos não estarem inseridos em um plano maior?

Como investir dinheiro
Como investir dinheiro

Investimentos devem ser utilizados visando um crescimento financeiro, ou seja, ano que vem você tem que analisar seu patrimônio e ver que ele está maior. Daqui a dois anos, ele deve estar ainda maior do que ano que vem. Daqui a cinco anos maior ainda e assim por diante. Esse deve ser o plano.

Em razão disso, mesmo o blog já estando no ar há anos e eu já tendo tratado de diversos tipos de investimentos isolados, achei que seria importante criar um conteúdo mais completo, um guia que pudesse servir tanto para os investidores iniciantes como para os que já tem alguma experiência.

A intenção dessa sequência de dois posts é  servir como um “passo-a-passo” de organizar a vida financeira e passar a ser um investidor, para você , por fim, alcançar a liberdade financeira, passando a ser independente de um trabalho, caso queira.

Neste primeiro post, falarei sobre organização financeira.

Como investir dinheiro

1º Passo – Organização Financeira

Pois bem, ser um investidor é uma condição posterior à organização financeira. Como disse antes, sair investindo de maneira isolada e alheia a um plano financeiro definido, quase que invariavelmente leva ao insucesso.

Por essa razão conscientize-se: você precisa de um projeto financeiro para sua vida. A organização e os investimentos farão parte desse projeto, não podem ser coisas isoladas.

Sobre a organização financeira tentarei ser o mais conciso possível, contudo, abordando os pontos importantes.

O primeiro ponto é: você sabe exatamente o quanto ganha? Você sabe exatamente o quanto gasta?

Pense na sua vida financeira como a de uma empresa. Você tem que dar lucro!

Para fazermos nossa empresa pessoal dar lucro, é de extrema importância termos controle sobre nossa finanças.

Como organizar o orçamento pessoal?

Pois bem, tentarei ser o mais direto e didático possível. Planejamento é algo que se faz antes do evento acontecer. Em se tratando de orçamento isso também vale, se estamos no mês de janeiro devemos ter, pelo menos, o orçamento do mês de fevereiro já pronto.

Quanto ao orçamento mensal, eu gosto de trabalhar com uma antecedência de dois meses. Ou seja, se estou em janeiro, em minha planilha já possuo o orçamento dos meses de fevereiro e março planejados. Logicamente alguns eventos podem alterar o orçamento, contudo, é importante já ter o básico.

Estou falando aqui de orçamento pessoal mensal, ou seja, o que você ganha e gasta todo mês. O seu dia a dia. A seguir mostro como fazer.

Não há o que se falar de investimentos se você não tem o controle do seu orçamento, isso é o básico. Para quem ainda não tem, é uma boa hora para começar não é mesmo? Vamos lá então!

Primeiro, defina exatamente qual é a sua renda efetiva, ou seja, quanto de dinheiro você tem disponível para gastar todo mês.

Para assalariados

Quem é assalariado sabe que você tem o salário bruto e alguns descontos. Seu salário bruto menos os descontos é o seu salário líquido, ou seja, o que você efetivamente recebe na sua conta.

Para fins de controle orçamentário, o que importa é seu salário líquido, afinal esse é o dinheiro que você tem para gastar.

O planejamento financeiro do assalariado, quantos aos ganhos, é bastante simples, pois, em condições normais, você sabe exatamente quanto receberá de salário. Alguns meses específicos você terá rendas extras como férias e 13º. Isso também deve estar no planejamento.

Para não assalariados

Para quem é empresário ou exerce qualquer atividade que não tenha salário fixo, o ideal é adotar o conceito de “viver com o dinheiro do mês passado”.

Tem gente que, erroneamente, vai passando o mês com o dinheiro que está recebendo durante o próprio mês. Isso é um erro, pois compromete qualquer planejamento sério.

O conceito de viver com o dinheiro do mês passado é simples. O dinheiro que eu ganhar em janeiro deve ser utilizado para os gastos de fevereiro. O dinheiro que eu ganhar em fevereiro deve ser guardado e utilizado em março e assim por diante.

Na verdade você pode empregar essa técnica utilizando o dinheiro ganho há dois, três  ou mais meses, aí vai de cada um. Quanto maior o prazo entre o recebimento e o uso do dinheiro, melhor o planejamento. O importante é não usar no mês o que você recebe no próprio mês.

Utilizando essa técnica fica bem mais fácil programar o orçamento. Por exemplo: se no mês de janeiro você retirou de lucros, pró-labore ou qualquer outro tipo de renda do seu negócio  o valor de R$ 5000,00 líquidos, você deve programar o mês de fevereiro com essa renda. Se no mês de fevereiro você recebeu R$ 4000,00, você deve programar o mês de março com essa renda e assim por diante.

Para quem recebe rendas esporádicas (não mensais) o conceito é o mesmo. Após receber uma quantia, programe os próximos meses baseado no que recebeu.

É importante iniciar o mês sabendo-se exatamente o quanto se pode gastar e não ficar na dependências dos ganhos do próprio mês.

Essa divisão do orçamento “mês a mês” facilita a organização financeira devido a várias obrigações, como contas, por exemplo, normalmente serem mensais.

Defina seus gastos pessoais fixos

Saber quanto se gasta “obrigatoriamente” todo mês é o segundo passo e um dos mais importantes.

Com essa valor calculado, você vai saber o quanto tem “livre” no mês.

Chamo de gastos fixos os que você sabe que terá todo mês como conta de água, luz, telefone, aluguel, financiamentos, estudos etc. Isso varia de pessoa para pessoa, aluguel e financiamento, por exemplo, várias pessoas não têm. Veja na sua realidade qual contas você tem que pagar todo mês.

E quanto aos valores?

Pois é. Se estamos em janeiro, não sabemos exatamente o valor de algumas contas (água por exemplo) que teremos que pagar em fevereiro. Algumas outras, como parcelas de financiamentos, podem ser fixas.

Quanto às que são variáveis, eu recomento, no planejamento, utilizar a mais alta dos últimos três meses. Por exemplo, se estamos em janeiro e nos últimos três meses pagamos de energia R$ 300, R$ 250 e R$ 280, na minha programação do orçamento de fevereiro, eu coloco a energia com o valor de R$ 300, que foi o mais alto dos últimos três meses. Quando eu efetivamente receber a conta em casa, esse valor deve ser atualizado.

Lembrando, planejamento é feito antes das coisas acontecerem, desse forma, eu planejo o orçamento de fevereiro antes de entrar no mês de fevereiro.

Quanto se chega ao mês eu devo saber, exatamente, o quanto tenho para gastar e quanto tenho de contas para pagar.

Montando um orçamento simples

Então, se estamos em janeiro, já devemos ter, no mínimo, o mês de fevereiro planejado. Vou usar aqui um exemplo de orçamento bem simples apenas para explicar conceitos:

Mês Fevereiro
Remuneração R$      5.000,00
Gastos
Energia R$          300,00
Água R$          150,00
Telefone R$          150,00
Estudos R$          600,00
Financiamento R$          600,00
Cartão de Crédito* R$          500,00
Resto livre R$      2.700,00

Trata-se de um orçamento bastante simples para servir somente de parâmetro. Existem diversas planilhas de Excel, programas de computador e apps de celular para montagem de orçamento. Um caderninho com os ganhos e gastos anotados serve igualmente. A ferramenta é o que menos importa, o importante é ter o controle.

Coloquei o asterisco(*) no cartão de crédito em razão de, muito embora esse não seja um gasto fixo, pois você pode usá-lo ou não, quando você vai comprando no cartão em um mês, sabe (ou deveria saber), que esses valores virão na fatura do cartão do mês seguinte. Dessa forma, o que você comprar no crédito em janeiro, deve ser inserido como gastos no orçamento de fevereiro. Embora não seja um gasto obrigatoriamente mensal, a partir do momento que você fez a compra, ele se torna obrigatório.

Esse tipo de planejamento faz você iniciar o mês já sabendo quanto terá disponível para gastar. Não importa se você já pagou as contas ou não.

Se você tem a renda de R$ 5000,00 e os gastos acima descritos, mesmo antes de iniciar o mês e de efetivamente pagar as contas, você já sabe que terá livre para gastar o valor de R$ 2.700,00. Ou seja, iniciando-se o mês você tem a renda de R$ 5000,00, mas sabe que não poderá gastar livremente esse valor, pois, quando terminar de pagar as contas, o que lhe resta são R$ 2.700,00. É com esse valor que você deve “trabalhar” o mês.

*Aqui ainda não falo sobre o valor separado para investimentos, falarei no próximo post.

A importância do resto livre

Como Investir Dinheiro

Como você viu na orçamento acima, o resto livre é o que sobra depois que você paga suas contas obrigatórias.

Antes de se tornar um investidor, você deve ter um resto livre consistente.

Dessa forma, se você está montando seu orçamento e, no final, está ficando no vermelho (gastando mais do que ganha) ou sobrando quase nada de resto livre, você deve resolver esse problema primeiro antes de começar a investir.

Identifique onde está o problema. A melhor forma de fazer isso é passar a anotar os gastos. No final do mês, analise onde gastou seu dinheiro. Certamente perceberá gastos desnecessários.

Quanto ao aumento do resto livre não há mágica: ou você aumenta o que ganha, ou diminui o que gasta (ou ambos).

Cortar gastos é o mais fácil a fazer  e pode ser realizado imediatamente. Contudo, procurar formas de aumentar seus ganhos também deve fazer parte dos seus objetivos.

O que você tem que colocar em mente é que precisa deixar seu orçamento de forma que seu gasto livre seja satisfatório.

 

Como acabar com as dívidas?

O primeiro passo para acabar com as dívidas é parar de fazer novas.

Entendido?

Pronto, agora vamos ver o que fazer com as antigas.

Boa parte das pessoas tem várias “parcelinhas” que vão sendo feitas aos poucos e, quando a pessoa se dá conta, a soma delas consome quase todo o salário.

Tenha em mente o conceito de resto livre que falei antes. Você deve ter um orçamento de forma que seu salário pague todas as suas obrigações e ainda sobre alguma coisa.

O primeiro ponto é detalhar todas as dívidas que você possui. Aqui não estou falando das contas do mês, estou falando de dívidas mesmo, algo que você comprou e está pagando parcelas, atrasadas ou não.

Se você possui um orçamento apertado ou que fecha no vermelho, você terá que diminuir as parcelas que tem para pagar.

Pegue todas as parcelas que você tem que pagar por mês, por exemplo:

  • Televisão: 8 parcelas de R$ R$ 400,00;
  • Roupas: 4 parcelas de R$ 70,00

Anote todas, das menores até as maiores.

Feito isso faça a reflexão: deixando de gastar em outra coisa e/ou ganhando um dinheiro extra eu consigo quitar alguma dessas dívidas?

Se você possui um orçamento muito apertado ou no vermelho deve fazer um esforço real para quitar as dívidas que puder. À medida que você vai quitando as dívidas, as parcelas vão diminuindo e seu orçamento vai ficando mais folgado.

Dívidas em atraso podem, e devem, ser renegociadas. Procure o credor, demostre que você está organizando-se e que quer pagar o que deve. Na maior parte das vezes os credores concedem descontos.

Muita gente orienta a pagar as de maiores juros primeiro. Eu penso diferente: você deve quitar as que possuem a maior parcela e que a quitação esteja ao seu alcance, mesmo que com algum esforço.

Se você quita a de maior parcela passa a sobrar mais dinheiro todo mês, dessa forma você organiza melhor o orçamento para pagar as outras.

Como eu disse, foque na quitação a seu alcance. Por exemplo: se você possui um financiamento de uma casa ou carro que o saldo devedor atual é muito alto para o seu orçamento, ele não deve ser seu primeiro foco, mesmo que a parcela seja a mais alta.

Repito: você deve quitar as que possuem a maior parcela e que a quitação esteja ao seu alcance.

Não há mágica para quitação de dívidas, o mapa é:

  1. Comprometa-se com sua consciência a sair dessa situação e não faça novas dívidas;
  2. De maneira honesta, veja os gastos do seu orçamento que podem ser cortados ou, pelo menos, diminuídos;
  3. Caso tenha alguma forma de renda extra, use;
  4. Quite as dívidas a seu alcance, com o dinheiro que vai sobrando a mais, quite as restantes;

Certo, até aqui falei mais sobre organização financeira do que sobre como investir dinheiro não é mesmo? Como o post já está relativamente longo, o conteúdo sobre mentalidade e investimentos ficará para a segunda parte: https://daxinvestimentos.com/como-investir-dinheiro-guia-2a-parte/

Abraços e até breve!