Ações

Para quem utiliza análise técnica para definir bons momentos para comprar ou vender uma determinada ação, um dos conceitos mais importantes é saber definir a tendência de alta ou de queda da referida ação. Mostrarei neste post como identificar a tendência de uma ação e obter altas rentabilidades com isso. As informações postadas aqui são um pouco técnicas. Se você ainda é iniciante na bolsa, recomendo o livro digital Bolsa de Valores para Leigos.

Pois bem, o preço de uma ação varia para cima ou para baixo de acordo com diversos fatores de mercado. Você pode comprar uma ação da empresa XYZ agora por R$ 10,00 e daqui a um minuto essa mesma ação estar sendo negociada por R$ 11,00 ou por R$ 9,00 ou por qualquer outro valor.

Ué Valter, quer dizer que não existe um preço “padrão” para uma ação?

Não!

O mercado, de acordo, principalmente, com a lei da oferta e da procura acabará por definir o preço pelo qual uma ação será negociada. Siga a leitura do post e veja como utilizar isso a seu favor, obtendo ótimas rentabilidades.

Em razão disso é tão importante saber definir tendências, pois, assim, compramos ações em tendência de alta e vendemos ações em tendência de queda. Logicamente, essa não é uma tarefa tão simples, se o fosse, todos ficariam milionários na bolsa em uma semana não é mesmo?

Contudo, temos algumas ferramentas que nos auxiliam nesse processo. Tanto em meus investimentos pessoais como para as análises que faço aqui no blog, utilizo o sistema Guia Invest.

Mas, afinal, o que seria uma tendência?

A tendência é, em termos simples, o sentido no qual o preço de uma determinada ação está seguindo. Em um tendência de alta, as ações estão sendo negociadas na bolsa, dia a dia, a um preço mais alto.

Os gráficos que utilizamos mostram, em imagens, as variações de preços de uma referida ação.

Veja abaixo uma imagem com a variação das ações da Petrobras (PETR3). Perceba como no período 1 estava em tendência de queda, no período 2 em tendência de alta e no período 3 novamente em tendência de queda.

 

Você vê que dentro desses períodos ocorrem pequenas altas e pequenas quedas, contudo, o preço da ação segue a tendência. Por exemplo, uma ação em tendência de alta terá várias altas e várias quedas diárias, contudo, irá mais subir do que cair. Com uma ação em tendência de queda, ocorre o oposto.

Em alguns casos, porém, não é fácil verificar uma tendência. Vejamos o gráfico do último mês das ações do Bradesco (BBDC3):

 

Você vê que, também, há várias altas e várias quedas diárias, contudo, não é possível identificar uma tendência clara nos preços.

Por essa razão dizemos que existem, basicamente, três tendências: alta, queda e indefinida.

Continue a leitura do post e veja como obter altas rentabilidades utilizando as tendências.

Prazos das tendências

Além dos tipos de tendências, outro ponto importante é sua duração. A tendência de longo prazo é composta por várias tendências de médio prazo que é composta por tendências de curto prazo.

Veja o exemplo da ação da Gerdau (GGBR3) que, no longo prazo, seguiu leve tendência de queda, mas, dentro dessa tendência, existiram outras várias tanto de alta como de queda:

 

Então qual tendência levar em consideração?

Depende dos seus objetivos. Se você está investindo pensando no longo prazo, tendências de curto e médio prazos são menos relevantes, já se você está investindo a curto e médio prazos, qualquer tendência pequena é importante.

Por exemplo, se estou investindo acreditando que, daqui a 5 anos, o preço de uma ação será x% maior do que é hoje, não é relevante para mim se, essa semana, essa ação subir ou cair, pois uma semana não tem qualquer relevância para quem está pensando em um prazo de 5 anos.

Já se estou investindo pensando que, daqui a um mês, o valor da ação será x% maior do que é hoje, a variação do preço de uma semana é importante, pois corresponde a em torno de ¼ do prazo do meu investimento.

Médias móveis para identificar tendências

Uma dos principais indicadores que utilizamos para identificar tendências são as médias móveis. Vou explicar primeiro a teoria e depois mostrarei na prática. Veja mais adiante como a utilização das médias móveis pode ser simples, com o sistema certo.

O conceito de média móvel (MM) é bastante simples: considerando-se a média móvel de 8 dias, por exemplo, a MM seria a soma dos preços de uma determinada ação nos últimos 8 dias, dividindo-se por 8. Chama-se móvel pelo fato da mesma “andar” à medida que os dias vão passando.

Por exemplo, no dia 9 usaríamos os valores do dia 1 ao 8; no dia 10 usaríamos os valores dos dias 2 a 9. Ou seja, a média se movimenta junto com o tempo.

Utilizamos esse indicador pelo fato de, por se tratar de uma média, ele representa mais fiel e facilmente a tendência dos preços.

Mas quais médias utilizar?

Não existe uma regra, vários investidores utilizam padrões diferentes. Eu gosto de usar a MM de 8, 20 e 200 dias. Com isso procuro identificar as tendências de curto, médio e longo prazos.

Mas Valter, vou ter que calcular isso tudo?

Não.

Utilizando o sistema Guia Invest esse procedimento é muito fácil.

Com o gráfico do sistema aberto, clique em indicadores.

 

Abrirá uma nova janela. Procure o indicador Médias Móveis e clique nele três vezes, para inserir três linhas:

 

Os comandos das médias móveis são inseridos na parte de cima do gráfico:

 

Clique sobre um deles e clique em editar. Abrirá uma pequena janela. Nessa, edite o período (quantidade de dias) e a cor da linha.

 

Faça isso com as três médias móveis, deixando cada uma com cor diferente, para melhor visualização, e com períodos de 8, 20 e 200 dias.

O gráfico ficará como o exibido a baixo. Veja como, apenas olhando o gráfico, você percebe que a MM de longo prazo (200 dias – vermelha) está lateralizada, ou seja, sem tendência clara definida, nesse momento.

Já as médias móveis de curto e médio prazos (azul e verde – 8 e 20 dias) estão caindo, ou seja, tendência de queda, no curto prazo.

 

Viu como não precisa ser nenhum especialista? Basta configurar o gráfico do GuiaInvest corretamente. Feito isso, apenas olhando o gráfico você já conseguirá verificar tendências.

Utilizando as médias móveis de curto/médio prazos como parâmetro de análise mostrei como obtive uma rentabilidade de 13% em 16 dias. Clique aqui e leia o post.

Além disso, no sistema Guia Invest, no campo extras, existem diversos treinamentos para investidores.

Logicamente, não baseamos nossos investimentos em ações somente em médias móveis, mas ela é o primeiro indicador. Nos próximos posts explicarei mais sobre os outros indicadores que uso.

Abraço e até a próxima.

Já compensa investir na poupança?

Nos últimos meses o Banco Central vem praticando constantes diminuições na taxa básica de juros – Selic. Você deve saber que isso não altera somente os investimentos pós-fixados vinculados à própria Selic e ao CDI, mas também pode alterar a poupança.

Na data de ontem (31/05/2017), a Selic foi reduzida para 10,25% e a tendência é que continue caindo.

Embora não seja recomendado, muita gente ainda continua investindo na poupança, mas, o que acontece com a rentabilidade da poupança caso a Selic siga sua tendência de queda?

Selic acima para 8,5%

Nesse caso a poupança tem sua rentabilidade “normal”, ou seja, rende por mês, 0,5% + TR(é variável).

Selic caindo para 8,5% ou menos

Caso a Selic caia a 8,5% ou menos é acionado o gatilho de alteração da rentabilidade da poupança.

Nesse caso, a poupança vai passar a render 70% da Selic + TR, ou seja, abaixo de 8,5%, quanto mais a Selic cair, menor será a rentabilidade da poupança.

Por que isso acontece

A Selic é a taxa que “determina” a rentabilidade de diversos investimentos. Com a Selic caindo muito, caso a poupança continuasse com a mesma rentabilidade, a caderneta seria um investimentos mais atrativo do que a maior parte dos investimentos em rende fixa, inclusive do que o Tesouro Direto, que é fonte importante de recursos para o governo.

Para evitar que isso aconteça, o Governo criou esse mecanismo para, a partir de um ponto, reduzir a rentabilidade da poupança juntamente com a Selic, evitando que os investidores abandonem o Tesouro Direito e migrem para a poupança.

Essa alteração ocorre mensalmente?

Sim, sempre que a Selic for alterada o rendimento da poupança também será.

Contudo, o que conta é a rentabilidade do momento da aplicação, por exemplo, se você fizer um investimento na poupança quando a Selic estiver acima de 8,5%, sua rentabilidade será 0,5% + TR.

Mesmo a Selic, no futuro, caindo abaixo de 8,5%, as aplicações feitas anteriormente a isso permanecerão inalteradas.

Para quem fizer aplicações após a Selic cair abaixo de 8,5%, vale a rentabilidade do dia da aplicação, desde que o dinheiro permaneça aplicado até o aniversário da mesma.

Considerando a Selic abaixo de 8,5%, por exemplo, se você fizer uma aplicação no dia 01/01 e, no dia 15/01 o Banco Central reduzir ainda mais a taxa, desde que você deixe o dinheiro aplicado até, pelo menos, 01/02 (aniversário), seu investimento ainda teria a rentabilidade atrelada à Selic do dia 01/01.

Com a Selic atual, considerando-se investimentos em renda fixa, o Tesouro Direto ainda é recomendado, principalmente se você utilizar a estratégia ensinada no curso Tesouro Direto Descomplicado para maximar seus ganhos.