Fundo Garantidor de Créditos – FGC – Entenda como funciona!

Você certamente já viu em vários de meus posts aqui no blog indicações para, buscando encontrar melhores rentabilidades, investir parte do patrimônio em bancos menores. Já deve ter percebido, também, que recomendo tal técnica quando o investimento em questão possui garantia do Fundo Garantidor de Créditos – FGC, mas, afinal, o que é e como funciona o FGC?

O que é o Fundo Garantidor de Créditos – FGC

O Fundo Garantidor de Créditos – FGC foi fundado em 16 de novembro de 1995. O principal objetivo de sua criação foi implementar uma estrutura que protegesse os investidores do sistema financeiro do país. Importante frisar que, com a criação de tal fundo, deu-se um maior grau de confiança aos investimentos financeiros no Brasil.

Esclareço, logo de início, que o FGC é uma instituição privada, ou seja, não pertence ao governo.

Como funciona o Fundo Garantidor de Créditos

Muitos não sabem, mas todos os investidores contribuem com  0,0125% de suas aplicações para o FGC. Essa contribuição forma o patrimônio do fundo.

Mas será que só a garantia do FGC é suficiente para dar segurança aos investidores?

Analisando a demonstração financeira referente ao ano de 2015 do FGV, vemos que o seu ativo total é de  R$ 48.278.145 bilhões de reais:

Fundo Garantidor de Créditos - FGC

Em termos simples, o FGC funciona como um seguro que será acionado no caso de alguma instituição financeira vir a “quebrar” e não conseguir honrar seus compromissos com os investidores.

O limite atual desse “seguro” é de R$ 250.000,000 (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF/CNPJ e por instituição financeira.

Importante frisar que o limite por instituição financeira não aumenta no caso de utilização de mais de uma corretora. Por exemplo, se você usa a corretora X para investir no Banco 1 e também a corretora Y para investir no Banco 1, a proteção é de R$ 250.000,00 por banco e não 250 em cada corretora.

Processo de acionamento do FGC

Ninguém quer passar por isso não é mesmo? O ideal é que todas as instituições sigam bem, sendo positivo tanto para os bancos como para os investidores. Mas pode acontecer de um banco falir e, nesse caso, o que acontece?

O FGC existe exatamente para isso. O fundo deverá pagar aos clientes do referido banco os investimentos que os mesmos possuam naquele banco, até o limite de 250 mil por CPF.

Isso é feito de maneira imediata?

Não.

O banco deve informar ao FGC sua lista total de clientes, para que o fundo realize o pagamento.

Em épocas anteriores, já existiram pagamentos realizados em 25 dias e outros em mais de 3 anos.

Segundo informações que obtive, caso seja necessária uma nova intervenção do FGC, o pagamento deve acontecer em, no máximo, 45 dias.

Veja aqui um histórico dos pagamentos realizados pelo FGC referentes à falências anteriores de bancos: http://www.fgc.org.br/upload/garantia_ip_p.pdf

Lembrando que, caso o processo envolva questões judiciais, os prazos podem se prorrogar mais.

Esclareço, a seguir, alguns pontos:

  • O FGC paga o que você possui até a falência do Banco: Por exemplo, se você tinha 10 mil investidos com uma rentabilidade de 10% ao ano e, digamos que o banco quebre após 5 meses. Nesse caso, você receberá o que investiu mais a rentabilidade obtida nesses 5 meses e não os 10% referente ao ano completo;
  • Invista abaixo de 250 mil: O FGC cobre o que você investiu mais os rendimentos. Caso você invista 250 mil em banco com uma taxa de 1% ao mês, por exemplo, já no segundo mês você possuirá R$ 252,500 mil, ou seja, R$ 2.500 acima do limite de cobertura. Portanto, quando for fazer um investimento inicial em um banco médio ou pequeno, aplique um capital menor que o limite para que, mesmo com a rentabilidade, fique dentro da cobertura.
  • Arquive seus extratos: Em condições normais, o banco informará na lista de clientes quanto cada um possui de investimentos. Contudo, você mesmo ter um controle pode ajudar em uma eventual ação judicial, caso necessário.

Mais informações em: http://www.fgc.org.br/

É isso, o Fundo Garantidor de Créditos – FGC é uma instituição sólida o suficiente para servir de seguro aos investidores brasileiros.

A LCI do Itau é bom investimento?

Será que a LCI do Itau é um bom investimento? Primeiramente, gostaria de deixar claro que o Itau é um dos maiores bancos do Brasil e, até onde sabemos, confiável. De toda forma, cada investimento tem que ser analisado de maneira independente, mesmo dentro do mesmo banco. Analisemos a LCI do Itau então!

Neste post, falarei somente sobre as características da LCI do Itau especificamente, e não sobre o que é LCI.

O Itau, assim como fazem outros bancos, utiliza os investimentos em LCI como fonte de recursos para seus financiamentos imobiliários.

A LCI é considerado um investimento de baixo risco, dessa forma, recomendado para quem não quer correr riscos.

Friso, antes das características, que os bancos “lançam” LCIs de acordo com o lastro disponível na época, de forma que as características da LCI do Itau que mostro neste post podem não ser a mesmas de quando você estiver lendo essas informações. Acesse a página oficial do investimento clicando aqui.

Noções básicas sobre LCI

Aplicar em LCI é como emprestar dinheiro para um banco que, após o prazo combinado, lhe devolverá o dinheiro aplicado com a taxa de juros contratada.

Os juros podem ser pré-fixados ou pós-fixados. No pré-fixado você sabe a rentabilidade já no momento da aplicação. Nos pós-fixados a rentabilidade é atrelada a um determinado índice como CDI, IPCA, Selic etc. Dessa forma, você só saberá a rentabilidade exata da sua aplicação no final.

A LCI do Itau é pós-fixada e atrelada ao CDI. Dessa forma a rentabilidade de aplicação dependerá de quanto for o CDI do período.

Como funciona a LCI do Itau?

A LCI do Itau tem as seguintes características:

  • Investimento mínimo: R$ 100.000,00 (cem mil reais);
  • Rentabilidade: atrelada ao CDI e negociada diretamente com o cliente (leia mais abaixo). Veja mais abaixo como obter uma rentabilidade muito maior que a desse investimento com a Magnetis.
  • Prazo: mínimo de 6 meses, ou seja, antes desse prazo você não conseguirá resgatar seu dinheiro.

A LCI do Itau é um bom investimento?

A LCI do Itau é bom investimento?

O investimento mínimo da LCI do Itau  não é nada baixo (R$100.000,00), o que já é um dificultador para a maior parte dos pequenos investidores.

A rentabilidade da LCI do Itau deve ser negociada diretamente com o gerente, no momento da aplicação.

Como já disse, o investimentos inicial não é baixo, de forma que eu só aceitaria, nesse caso, uma rentabilidade próxima dos 100% do CDI.

O CDI atual gira em torno de 6,5%, quer dizer que se você conseguir uma rentabilidade de 100% do CDI sua aplicação renderia 6,5% ao ano.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

Não sei até quando uma ferramenta tão boa vai continuar sendo gratuita, por isso recomendo que você aproveite logo. Repetindo, você não é obrigado a investir em nada e a abertura da conta é totalmente gratuita e online, clique aqui e confira.

Segurança da LCI do Itau

Investimentos em LCI são considerados bastante seguros, principalmente quando feitos em grandes bancos como o Itau, mas não só nesse tipo de banco.

Qualquer investimento em LCI possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250 mil. Ou seja, até esse limite, mesmo que o banco venha a quebrar, você seria ressarcido.

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Imposto de Renda e IOF

Não há incidência de Imposto de Renda – IR ou IOF na LCI do Itau.

Assim, a rentabilidade que você obtiver já será líquida.

Lembrando, eu elaborei uma planilha que realiza a comparação entre as rentabilidades de investimentos em renda fixa como LCA, LCI, CDB e outros. Para baixar a planilha clique aqui.

Concluindo…

Em um mercado “normal”, os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros. Dessa forma, se há um título do tesouro com características parecidas e que seja mais rentável, não há porque investir em um título privado de banco.

-Certo Valter, mas no Tesouro Direto não há cobrança de IR?

Sim. O que você tem que verificar é a rentabilidade líquida. Comparando com um título do tesouro que possui incidência de IR mas que, após o desconto do imposto, ainda seja mais rentável do que a LCI, a primeira opção ainda é melhor.

Dessa forma, não deixe de verificar o investimento no Tesouro Direto.

Se você quer saber como tirar o máximo deste e de outros investimentos, conheça meu livro digital Domine os Investimentos Seguros.

LCI do Itau é um bom investimento? Depende da rentabilidade que você conseguir com o seu gerente!