CDB Itaú vale a pena? (2020)

Os CDBs – Certificados de Depósito Bancários certamente estão entre os investimentos financeiros mais procurados pelos brasileiros. Esse tipo de investimento é a “aplicação padrão” da maior parte dos bancos, sejam eles grandes ou pequenos.O Itaú é um dos grandes bancos do Brasil que possui algumas opções de CDBs, contudo, será que o CDB do Itaú é um bom investimento? Mostrarei aqui.

Gostaria de deixar claro, de início, que neste post falarei sobre as características do CDB do Itaú especificamente. CDBs diferentes possuem características diferentes, ou seja, dentro do mesmo banco podem existir vários CDBs com rentabilidades, características e prazos diferentes.

Para entender os conceitos gerais sobre esse tipo de investimento, leia meio post sobre o que é CDB.

Acho importante o investidor se familiarizar com os CDBs, já que esses são uma ótima e simples opção para “fugir” da poupança.

CDB do Itaú

CDB é um título de renda fixa no qual você “empresta” dinheiro ao banco e esse lhe paga o valor investido com uma rentabilidade determinada, em um prazo determinado.

Como eu falei antes, CDBs diferentes têm características diferentes, dentro do próprio banco.

Veja os disponíveis no Itaú.

CDBs disponíveis no Itaú

No momento há três opções de CDBs disponíveis na Itaú,  alguns com rentabilidade pré-fixada outros pós-fixadas. Saliento que as características dos investimentos podem se alterar com tempo. Dessa forma, para dados oficiais, recomendo acessar, também, as páginas dos investimentos no site oficial do Itaú.

  • CDB Itaú DI: Esse é um CDB pós-fixado e sua rentabilidade é um percentual do CDI. Por exemplo, se o gerente lhe oferecer uma rentabilidade de 90% do CDI quer dizer que, após um ano, caso o CDI tenha ficado em 4,5%, você receberia 90% disso, no caso, 4,05% ao ano.
  • CDB Itaú Plus: É um pós-fixado que funciona de maneira parecida com o primeiro, com o diferencial de que a remuneração do CDI  aumenta de acordo com o tempo de permanência no investimento. Por exemplo, se você ficar com o dinheiro aplicado 1 ano poderia receber 90% do CDI, já, se ficar 2 anos, poderia ter 95%.
  • CDB Pré:Nesse CDB, já no momento da aplicação,você ficará sabendo quanto será sua rentabilidade, independente de qualquer coisa. Por exemplo, caso seja lhe oferecida uma rentabilidade de 9% a.a., será exatamente essa sua rentabilidade bruta, não importa se cair ou subir a SELIC, inflação, CDI ou qualquer outro índice, desde que você mantenha o dinheiro aplicado até o final do prazo.

Ressalto que as rentabilidades que utilizei acima são só exemplos visando mostrar como funciona, não são as rentabilidades reais.

Um ponto importante é que com a taxa de juros baixa, os CDBs passaram a ter rentabilidades muito baixas. Para quem realmente quer fazer o dinheiro render, recomendo utilizar o Tesouro Direto.

O CDB Itaú Plus possui uma rentabilidade que aumenta de acordo com o tempo. Ou seja, quanto maior o prazo da sua aplicação, maior será a rentabilidade. Isso o diferencia do CDB DI.

No momento em que escrevo este artigo os investimentos mínimos e os prazos de cada um dos CDBS do Itaú são os seguintes:

  • CDB Itaú DI: R$500,00 de aplicação mínima. Resgate mínimo é de R$ 100,00. Prazo de 6 meses a 5 anos. Liquidez e rentabilidade diárias.
  • CDB Itaú Plus: R$500,00 de aplicação mínima. Resgate mínimo é de R$ 100,00. Prazo de 5 anos. Liquidez e rentabilidade diárias.
  • CDB Pré: R$1.000,00 de aplicação mínima. Resgate mínimo (sob consulta). Prazo a partir de 30 dias. A rentabilidade contratada só é garantida se o investir ficar com o dinheiro aplicado até o prazo final acordado.

Muita gente me pergunta o que seria esse prazo máximo. O prazo máximo quer dizer que, findo esse período, o dinheiro aplicado será obrigatoriamente creditado em sua conta corrente, por exemplo, se você fizer uma aplicação que pague 90% do CDI e não resgatar o dinheiro, no final do prazo, o dinheiro será automaticamente “resgatado” para você. Você poderá aplicar novamente?

Logicamente, depois disso, você poderá fazer um novo investimento, mas nada garante que, no futuro, existirão investimentos com as mesmas características que existem hoje. Ou seja, usando o exemplo acima, pode ser que daqui a 5 anos o Itaú não mais lhe ofereça os 90% do CDI (valor hipotético).

Imposto de Renda e IOF

Não importa em qual CDB você invista, sempre haverá incidência de IOF (primeiros 30 dias) e Imposto de Renda – IR. Ambos são regressivos, ou seja, quanto maior o tempo da aplicação, menor o imposto.

Imposto sobre Aplicações Financeiras – IOF

Esse só é cobrando quando você realiza o resgate em um prazo inferior a 30 dias. A tabela é regressiva, à medida que os dias passam menor fica o imposto. O cálculo é feito sobre a rentabilidade da aplicação. A tabela é a seguinte:

iof-cdb

Imposto de Renda – IR

Quanto ao Imposto de Renda – IR não há como fugir. Não importa o prazo da aplicação, sempre haverá cobrança de IR sobre a rentabilidade do investimento. A alíquota diminui com o tempo. Para quem acha que um CDB será sempre menos rentável do que uma LCI somente pela incidência do IR, leia meu post LCI nem sempre é melhor que CDB.

A tabela do IR é a seguinte:

ir-tesouro

Segurança do CDB do Itaú

CDBs são títulos de renda fixa considerados bastante seguros. Quando se fala em CDBs de grandes bancos, como o Itaú,  a segurança é ainda maior. A chance de um banco como o Itaú não honrar seus compromissos é mínima.

Além disso, como qualquer CDB, os disponíveis no Itaú possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 250.000,00. Ou seja, até esse valor, mesmo que o banco quebre, você seria ressarcido.

Compare com outros investimentos e veja qual mais lhe agrada.

CDB Itaú Vale a Pena?

Rentabilidade dos CDBs do Itaú

Quanto à rentabilidade, a mesma não é divulgada no site do Itaú. Em contato com o atendimento do Banco nos foi informado que esta deverá ser negociada caso a caso e que varia de acordo com o capital aplicado, prazo e perfil do cliente.

O valor da rentabilidade varia de acordo com o capital aplicado. No pré verificamos que a rentabilidade, no momento que este post é escrito, varia de 6,2% a 9,5% ao ano.

Nos pós fixados, varia de 70% a 100% do CDI, dependendo do valor aplicado e prazo.

Em uma época como agora (28/11/2017), na qual a tendência é a taxa básica de juros da economia (SELIC) e, conseqüentemente, o CDI, continuarem caindo, o CDB pré-fixado  pode ser uma boa opção, pois sua rentabilidade é fixa, independente de qualquer coisa.

Concluindo…

Como gosto sempre de deixar claro. O investimento mais seguro de uma economia “normal” são os títulos públicos.

Dessa forma, você deve sempre comparar a rentabilidade obtida com aplicações nos bancos com um título de características parecidas no Tesouro Direto. Se o título do tesouro for mais rentável, não há razão para investir no título privado do Banco.

Como você pode ver, o CDB do Itaú apresenta-se como uma boa opção, dependendo da rentabilidade oferecida.

COE – Certificado de Operações Estruturadas

COE - Certificado de Operações Estruturadas

O COE – Certificado de Operações Estruturadas é um investimento que, embora seja uma ótima forma de diversificação, ainda é pouco utilizado no Brasil, principalmente em razão da falta de informação e da certa má vontade dos bancos em orientarem corretamente seus clientes.

Como funciona o COE – Certificado de Operações Estruturadas

Quando você aplica em um COE você adquire um título emitido por um banco, assim como como ocorre em um CDB ou LCI. A diferença do COE é que o banco pega esse capital investido e aplica parte em títulos de renda fixa (baixo risco e menor rentabilidade) e outra parte em títulos de renda variável (maior risco e maior rentabilidade).

Varia de COE para COE, mas, de modo geral, os bancos aplicam o capital investido em:

  • Ações nacionais e estrangeiras;
  • Índices da Bovespa e bolsas estrangeiras
  • Taxas de juros;
  • Moedas; e
  • Commodities.

O que torna o COE um investimento diferente dos demais é que o mesmo, embora possua parte do capital investido em renda variável e, portanto, com risco, pode oferecer garantia ao investido. Dessa forma, se você investir em um COE protegido e ele tiver rentabilidade positiva, você fica com o seu capital investido mais o “lucro” e, se o resultado for negativo, você recebe, no mínimo, o que você investiu de volta.

Essa característica é um diferencial importante. Investir somente em renda fixa é seguro, contudo, as rentabilidades são baixas. Investir em renda variável pode ser muito mais rentável, no entanto, é bem mais arriscado e pode levar a perdas. Quem investe em  COE – Certificado de Operações Estruturadas obtém o melhor dos dois mundos, pois o COE oferece segurança e possibilidade de altos ganhos, já que parte do capital é aplicada em renda variável.

Quais os tipos de COE existentes?

  • Nominal Protegido: Nesse COE, aconteça o que acontecer, o investidor recebe, no mínimo, o valor que investiu. Ou seja, mesmo se a parte variável do investimento for negativa, você não terá perdas. Caso o resultado seja positivo, você fica com a rentabilidade obtida.
  • Nominal em Risco: Nesse tipo o investidor não tem garantia quanto à perda do capital, ou seja, pode perder tudo o que investiu.

No geral, os COE – Certificado de Operações Estruturadas oferecidos são do primeiro tipo, ou seja, com a garantia de proteção ao capital. Ao contratar um COE fique atento para ver qual dos tipos está sendo contratado. Essa informação consta do DIE – Documento de Informações Essenciais, que deve, obrigatoriamente, ser-lhe fornecido pelo banco ou corretora. No DIE, além do tipo do COE, devem constar:

  • O banco emissor;
  • Prazo;
  • Rentabilidade; e
  • Formas de ganhos ou perdas.

COE é registrado na CETIP?

Sim. Os COEs emitidos pelos bancos devem ser registrados na Cetip, o que garante maior segurança ao investimento. Verifique se sua corretora possui o selo da Cetip, com isso você garante que seu capital está aplicado em seu nome e CPF.

Tributação do COE – Certificado de Operações Estruturadas

Sobre a rentabilidade do COE incide imposto de renda com tabela regressiva, assim como ocorre com CDBs, Títulos do Tesouro Direto e outros investimentos de renda fixa. Assim, quanto maior o prazo, menor o Imposto de Renda. Uma vantagem é que você não precisa calcular e/ou recolher o Imposto de Renda referente ao investimento. No final do prazo, você já receberá o valor líquido.

Vantagens e Desvantagens do COE

Vejamos, abaixo, os pontos positivos e negativos do COE.

Vantagens:

  • Não possui taxas;
  • Possibilidade de proteção contra perdas;
  • Possibilidade de altas rentabilidades;
  • Imposto de renda regressivo;
  • Diversificação com investimentos “sofisticados” como câmbio e mercado estrangeiro; e
  • Diferentes tipos de COEs para diferentes perfis de investidor.

Desvantagens:

  • Não possui liquidez diária. Se você resgatar antes, há risco de perdas;
  • Não possui garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos; e
  • Alguns possuem limite de ganho máximo;

Rentabilidade, prazos e valor mínimo

Rentabilidade: Como falei antes, o capital aplicado no COE será investido parte em títulos de renda fixa e parte em renda variável. A rentabilidade dependerá do desempenho desses papeis. Na verdade, como em renda fixa o risco é pequeno, o que acabará por definir o desempenho total serão as aplicações em renda variável como ações e moedas. Além disso, muitos COEs limitam o ganho máximo.

Valor mínimo: Quem define o valor mínimo é o banco emissor do COE – Certificado de Operações Estruturadas. No geral, são valores acima de 10 mil reais.

Prazo: Também é definido pelo emissor. Normalmente são superiores a 6 meses.

COE - Certificado de Operações Estruturadas
COE – Certificado de Operações Estruturadas

Funcionamento na prática: proteção de perda e limitação de ganho – exemplo.

Pois bem, agora que você viu os conceitos gerais vamos ver como funciona um COE na prática através de um exemplo.

Lembrando, trata-se de um exemplo, estou utilizando um “COE fictício” e bastante simplificado.

Vou mostrar o funcionamento somente da “parte variável” do COE, já que quanto à parte fixa acredito que não haja dúvida.

Digamos que você investiu em um COE com prazo de um ano, que o mesmo tenha proteção contra perdas, limitação de ganhos em 20% e que esse COE tenha aplicado a parte variável do seu dinheiro em ações da empresa X. No momento da aplicação, as ações custavam R$ 10,00.

  • Cenário 1: após um ano, as ações estão em R$ 5,00. Mesmo com a desvalorização de 50%, como o COE oferecia garantia, você receberá seu capital de volta, sem perdas nem ganhos.
  • Cenário 2: após um ano, as ações da empresa estão em R$ 11,50. Nesse caso, você teria uma rentabilidade de 15%.
  • Cenário 3: após um ano, as ações da empresa custam R$ 15,00. Como há uma limitação de ganho em 20%, mesmo a rentabilidade da ação tendo sido de 50%, você só receberá os 20% da limitação.

Ressalto: utilizei um exemplo muito simplificado, na prática, um COE investe em uma quantidade maior de papeis e a limitação pode funcionar de forma diferente, atrelado a um índice, por exemplo.

Então Valter, como investir em COE – Certificado de Operações Estruturadas?

Veja com sua corretora de investimentos se ela oferece esse tipo de aplicação. Caso ofereça, veja as características como investimento mínimo, prazo e rentabilidade e, caso goste, faça a aplicação normalmente, assim como em CDBs, LCIs etc.

Na verdade, para se obter boas rentabilidades, não devemos aplicar em um só investimento. O correto é que tenhamos uma carteira de investimentos feita de acordo com o nosso perfil. A Magnetis faz esse trabalho gratuitamente e online. Você pode criar uma conta gratuita clicando aqui e verificar que tipo de investimentos eles lhe recomendam. Você não é obrigado a investir em nada, por isso recomendo criar uma conta e ver se lhe agrada.

Não sei até quando uma ferramenta tão boa vai continuar sendo gratuita, por isso recomendo que você aproveite logo. Repetindo, você não é obrigado a investir em nada e a abertura da conta é totalmente gratuita e online, clique aqui e confira.